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Estado de Minas Apreens�o

Brasil pode sofrer falta de insumos para vacina contra a COVID-19

Representantes de fabricantes de seringa, freezer e algod�o dizem que n�o foram contatados pelo governo e temem n�o cumprir prazos para campanhas de vacina��o


07/12/2020 15:06 - atualizado 07/12/2020 17:31


(foto: Reuters)
(foto: Reuters)

Na �ltima semana, acompanhamos de perto as not�cias sobre a aprova��o da primeira vacina contra a COVID-19 em alguns pa�ses da Europa, a divulga��o do plano de imuniza��o contra o coronav�rus no Brasil e a chegada das doses da CoronaVac, do laborat�rio chin�s Sinovac, a S�o Paulo.


Apesar dos avan�os importantes, a pandemia est� longe de acabar. E h� uma etapa muito importante que � pouco mencionada quando pensamos nas vacinas.


Al�m do produto farmac�utico em si, a aplica��o das doses requer uma s�rie de outros insumos e ferramentas.

Sem eles, n�o d� nem para iniciar as campanhas.


Falamos aqui de coisas simples, como seringa, algod�o, caixa t�rmica, saco pl�stico, luva descart�vel, e outras mais complexas, como refrigerador, freezer, sistemas informatizados e log�stica de distribui��o e transporte dos lotes.


Por mais que o mundo j� tenha experi�ncia com iniciativas de vacina��o em larga escala, a pandemia atual vai exigir uma verdadeira opera��o de guerra.


Se considerarmos a meta da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) de imunizar 20% da popula��o global no pr�ximo ano, falamos de 1,5 bilh�o de pessoas contempladas em 12 meses.


Como a maioria das candidatas mais avan�adas precisam de duas doses para surtir efeito, isso significa uma necessidade de 3 bilh�es de vacinas e a mesma quantidade de seringas e agulhas. Os n�meros tamb�m s�o gigantescos quando colocamos na ponta do l�pis todos os demais equipamentos b�sicos citados acima.

A parte que nos cabe

No Brasil o desafio ser� enorme. Afinal, � um pa�s com dimens�es continentais, com regi�es de dif�cil acesso e muita desigualdade.


Um ponto favor�vel � a larga experi�ncia do pa�s com projetos desse tipo. "O Programa Nacional de Imuniza��es (PNI) existe h� 47 anos. N�s possu�mos capacidade, organiza��o e estrutura. Estamos acostumados a fazer vacina��es em massa e temos �timos exemplos disso na nossa hist�ria, como as campanhas contra a var�ola, a poliomielite e a gripe", defende a enfermeira Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm).


O tamanho do PNI realmente impressiona. Atualmente, o pa�s possui 38 mil salas de vacina��o. Em �pocas de campanha, esse n�mero pode ser ampliado para 50 mil.


No total, s�o 114 mil vacinadores, o que significa uma m�dia de tr�s profissionais trabalhando em cada uma dessas unidades. Tudo � gerido dentro do guarda-chuva do Sistema �nico de Sa�de, o SUS, e est� dispon�vel a todos os cidad�os.


Por outro lado, h� uma certa apreens�o em setores da ind�stria que fabricam os insumos, como os respons�veis por refrigeradores e seringas. Eles relatam que n�o receberam qualquer contato do governo e ainda n�o sabem  o que precisar�o produzir para a atender � demanda que vir� nos pr�ximos meses.


Representantes de setores responsáveis pela fabricação de insumos temem não conseguir cumprir os prazos de entrega que as campanhas de vacinação(foto: CARL DE SOUZA/AFP via Getty Images)
Representantes de setores respons�veis pela fabrica��o de insumos temem n�o conseguir cumprir os prazos de entrega que as campanhas de vacina��o (foto: CARL DE SOUZA/AFP via Getty Images)

O grande temor � que os prazos apertados prejudiquem a entrega desses materiais e atrasem o in�cio das campanhas, marcadas provisoriamente para o primeiro trimestre de 2021.


Tamb�m h� d�vidas sobre a disponibilidade de mat�ria-prima, pois alguns componentes usados na manufatura s�o importados. Como todos os pa�ses do mundo precisar�o compr�-los, h� o risco de falta de estoques e aumento de pre�os.


"O que nos deixa preocupados � que aparentemente o governo federal n�o tomou algumas medidas que poderiam ter sido antecipadas, e isso pode dificultar o acesso a certos produtos", observa a m�dica Ana Maria Malik, coordenadora do Centro de Estudos em Planejamento e Gest�o de Sa�de da Funda��o Get�lio Vargas (FGVSa�de), em S�o Paulo.


Segundo a especialista, podemos viver um cen�rio parecido ao que ocorreu no in�cio da pandemia, em meados de abril e maio. "Naquele per�odo, havia uma absoluta escassez dos respiradores e de equipamentos de prote��o individual, como m�scaras e luvas", lembra.


Numa situa��o normal, a compra dos insumos de vacina��o � feita pelos governos estaduais. Eles s�o respons�veis por adquirir os materiais e encaminhar para os munic�pios, que fazem a distribui��o pelas unidades de sa�de. Mas, com a absoluta urg�ncia da pandemia, o Minist�rio da Sa�de j� declarou que tamb�m vai adquirir os produtos e coordenar as a��es.


Mas qual a disponibilidade de alguns desses materiais? E ser� que o Brasil pode responder a essa demanda? A BBC News Brasil ouviu algumas entidades representativas do setor para entender a capacidade de produ��o interna e como isso pode impactar na vacina��o contra a covid-19.

Cadeia de frio

A vacina desenvolvida pelos laborat�rios Pfizer e BioNTech foi a primeira a ser aprovada no mundo. A expectativa � que ela comece a ser aplicada nos cidad�os de alguns pa�ses Europeus nos pr�ximos dias.


Apesar do fato ter sido muito comemorado, a realidade � que esse imunizante pode trazer uma dificuldade do ponto de vista log�stico. Afinal, as doses precisam ser armazenadas a -75° C.


Isso representa uma barreira importante, pois a grande maioria dos centros de distribui��o do Brasil s�o equipados com c�maras frias que chegam no m�ximo a -20° C. Nas salas de vacina��o, os refrigeradores t�m uma temperatura que varia entre 2 e 8° C, o que � suficiente para todas as vacinas dispon�veis at� o presente momento.


Por meio de um comunicado, a Pfizer argumenta que desenvolveu caixas especiais com gelo seco, que garantem essa temperatura baix�ssima durante o transporte. A empresa acrescenta que, depois de abertas, as doses podem permanecer em geladeira comum por at� cinco dias sem estragar, o que acaba "viabilizando a vacina��o, principalmente na situa��o atual em que se pretende vacinar o maior n�mero de pessoas em curto espa�o de tempo".


A CoronaVac está sendo desevolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan(foto: EPA)
A CoronaVac est� sendo desevolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (foto: EPA)

O governo, por�m, se mostra reticente ao imunizante. Na ter�a-feira da semana passada (1), o secret�rio de vigil�ncia em sa�de do Minist�rio da Sa�de, Arnaldo Medeiros, sinalizou que o governo daria prefer�ncia �s candidatas que se adequam � cadeia de frio j� dispon�vel no pa�s.


Ao falar das caracter�sticas desej�veis da vacina, disse que o ideal � que "seja fundamentalmente termoest�vel por longos per�odos em temperaturas de 2 a 8 graus".


Mais tarde nesse mesmo dia, num v�deo publicado no YouTube do minist�rio, Medeiros recuou e declarou que, no atual est�gio, nenhum dos concorrentes estava eliminado da disputa.


"� extremamente importante avisarmos a popula��o brasileira que o Minist�rio da Sa�de, atrav�s do Programa Nacional de Imuniza��es, n�o descarta nenhuma vacina. O que n�s queremos � uma vacina que seja registrada na Anvisa e que mostre efic�cia e seguran�a necess�rias."


Do ponto de vista da ind�stria, o pa�s tem capacidade de fornecer a tecnologia necess�ria para guardar as doses, mesmo que seja a -75° C. "Precisamos destacar que o Brasil � refer�ncia mundial em refrigera��o e possui um parque industrial e dezenas de milhares de profissionais qualificados para atender a demanda", assegura o engenheiro Ariel Gandelman, membro do Conselho Nacional de Climatiza��o e Refrigera��o (CNCR).


Segundo Gandelman, a ind�stria brasileira pode produzir novos equipamentos e n�o h� risco de falta de mat�ria-prima, pois a maioria dos componentes s�o feitos aqui mesmo. A �nica parte que � importada da China s�o os fluidos refrigerantes, essenciais para manter as temperaturas baixas nesses equipamentos. Mas, como h� uma ampla gama de subst�ncias que pode ser utilizada para esse fim, parece n�o haver risco de desabastecimento.


"Nosso setor est� � disposi��o e estamos prontos para fazer esse esfor�o conjunto, trabalhar imediatamente e atender os prazos", comunica Gandelman. De acordo com a assessoria de imprensa, at� agora o CNCR n�o recebeu nenhum tipo de contato por parte do governo.


Por meio de nota enviada � BBC News Brasil, o Minist�rio da Sa�de informa que tem feito investimentos na estrutura que garante a estabilidade das vacinas. "Em 2020, mais de 42 milh�es de reais foram investidos pela Uni�o com foco na aquisi��o de equipamentos, dentre eles c�maras refrigeradas para amplia��o da capacidade de armazenamento da rede de frio".

Seringas

Tr�s empresas s�o respons�veis pela fabrica��o de seringas no Brasil: BD, Injex e SR. O trio consegue entregar a cada ano 1,5 bilh�o de unidades deste insumo, que s�o utilizados para v�rias vacinas e tamb�m em medica��es injet�veis.


A quest�o � que cada imunizante tem a sua especifica��o. "H� vacinas que j� v�m prontas para aplicar, enquanto outras chegam aos postos em ampolas e precisam ser preparadas na hora", explica Moura, da SBIm.


As varia��es n�o param por a�: a agulha pode ser fina, grossa, comprida, curta… "Dependendo da idade, do peso e da quantidade de m�sculo da pessoa que vai tomar aquela dose, precisamos usar um tipo ou outro", completa a especialista.


Tipo de agulha pode variar de acordo com a pessoa a ser imunizada(foto: Getty Images)
Tipo de agulha pode variar de acordo com a pessoa a ser imunizada (foto: Getty Images)

Enquanto n�o se sabe quais vacinas ser�o compradas pelo Brasil, n�o d� pra come�ar a fabricar as seringas. "Precisamos ter essas informa��es da quantidade e das especifica��es t�cnicas, pois isso impacta o ciclo produtivo das empresas", constata Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Alta Tecnologia de Produtos para Sa�de (Abimed).


Por meio de nota, o Minist�rio da Sa�de atesta que esse planejamento est� sendo feito, mas isso depende de os imunizantes se sa�rem bem nos testes cl�nicos, serem aprovados pela Anvisa e chegarem ao Brasil.

O comunicado tamb�m revela que a pasta "iniciou o processo de aquisi��o de mais de 300 milh�es de seringas e agulhas no mercado nacional e 40 milh�es no mercado internacional, com o intuito de apoiar os estados e munic�pios no desenvolvimento inicial das a��es de vacina��o. Para a aquisi��o interna, j� foi realizada pesquisa de pre�os e emiss�o de nota t�cnica para elabora��o do edital de compra, que ser� lan�ado em breve".

O principal medo aqui est� no tempo. "Numa situa��o normal, entre a ordem de compra, a fabrica��o e a entrega, h� um prazo que varia entre 60 e 90 dias. Essa tem sido nossa preocupa��o h� algum tempo", diz Silveira Filho.


Na pr�tica, isso pode significar que, caso o edital do minist�rio tenha seu processo finalizado ainda em dezembro, a entrega completa das seringas s� aconteceria em fevereiro ou mar�o, o que coloca em risco o in�cio da campanha de vacina��o contra a covid-19 marcado para o primeiro trimestre de 2021.


"Estamos muito felizes que o governo esteja dando sinais de uma preocupa��o clara com essa quest�o e abra licita��es, mas � importante que n�o fique somente nisso. Precisamos de planejamento", destaca o presidente da Abimed.


H� ainda quest�es n�o respondidas sobre a disponibilidade da mat�ria-prima para confec��o das seringas, como pl�stico que comp�e o tubo e o a�o que permite fazer a agulha.


Em resposta �s perguntas enviadas pela reportagem, a Associa��o Brasileira da Ind�stria do Pl�stico (Abiplast) disse n�o ser poss�vel mensurar o quanto da produ��o desse material no pa�s vai para os setores da sa�de, ou mais especificamente para as seringas.


A entidade chama a aten��o para o fato da ind�stria precisar importar componentes. "As seringas s�o feitas de PP, produto que temos dificuldade de abastecimento e limita��es de acesso ao mercado externo em fun��o da alta tarifa de importa��o. H� no Brasil um imposto sobre importa��es de resinas dos mais altos do mundo (14% no pa�s, contra uma m�dia de 6,5% nos pa�ses da OCDE)", esclarece a associa��o, por meio de nota.


Em rela��o ao a�o, apenas uma empresa no pa�s t�m acesso � mat�ria-prima que pode ser utilizada nas agulhas (o a�o comum n�o serve para esse fim). Esse composto tamb�m � trazido do exterior. O mesmo acontece com o tipo de papel especial que serve de embalagem para as seringas.


"Esse � um fator complicador, pois as empresas precisam programar novas compras para iniciar a produ��o", admite Silveira Filho.

Algod�o e gaze


Governo de SP anunciou início da vacinação para janeiro de 2020(foto: Governo de SP)
Governo de SP anunciou in�cio da vacina��o para janeiro de 2020 (foto: Governo de SP)

Eles s�o essenciais para higienizar e desinfetar a pele onde ser� aplicada a vacina. Al�m disso, podem servir para estancar algum eventual sangramento. A disponibilidade para uma futura campanha contra a covid-19 parece n�o ser problema.


"Sob a �tica da ind�stria, n�o existe qualquer risco de faltar o produto, mesmo com aumento da demanda", garante Fernando Valente Pimentel, presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil e de Confec��o (Abit).


Por ano, o Brasil produz cerca de 67 mil toneladas de algod�o, gaze e outros materiais t�xteis com fins medicinais. Esse montante abastece bem o mercado interno. "N�o h� grande volume de exporta��es ou importa��es destes itens", observa Pimentel.


Mesmo se a demanda aumentar por conta da campanha contra a covid-19, o ciclo de produ��o do algod�o medicinal � relativamente r�pido. "Mas � importante que o poder p�blico e as empresas privadas comecem a se estruturar, para que n�s possamos nos programar tamb�m", sinaliza o presidente da Abit.

Repercuss�es nos cofres p�blicos

Essa falta de contato e a eventual demora no planejamento e na aquisi��o de insumos t�m os mais diversos impactos. Al�m de um poss�vel atraso da pr�pria campanha de vacina��o, o que afeta a sa�de de toda a popula��o, a economia pode acabar abalada.


Afinal, com mais pa�ses competindo por um n�mero limitado de mat�rias-primas e equipamentos, o pre�o tende a subir. Caso exista a necessidade de importa��o, o d�lar alto e uma rela��o diplom�tica atribulada com a China, o principal exportador de muitos dos insumos essenciais, s�o ingredientes que complicam ainda mais essa hist�ria.


E olha que o Brasil j� vinha mal das pernas antes mesmo de a pandemia aparecer. "Essa crise sanit�ria agravou ainda mais o cen�rio e aprofundou nossas dificuldades. Um dos efeitos foi a eleva��o do desemprego, que levou a uma queda na arrecada��o de tributos por parte do governo", analisa o economista Gilberto Lib�nio, professor da Universidade Federal de Minas Gerais.


Com menos dinheiro nos cofres, o poder p�blico se viu diante de outra dificuldade: a necessidade de investir recursos no aux�lio emergencial e na compra de equipamentos para enfrentar a covid-19. "N�o h� como pensar em equil�brio fiscal numa situa��o dessas. Ser� preciso resolver o problema da sa�de p�blica para que a economia reaja", pontua Lib�nio.


Por mais que as medidas de distanciamento f�sico, limitar a circula��o de pessoas, fazer testes de rastreamento e usar m�scaras sejam importantes, elas apenas controlam o n�mero de novos casos da doen�a. O v�rus continua � solta, e basta relaxar um pouco para que ele volte com tudo.


A solu��o definitiva est� na vacina. S� quando uma parcela consider�vel da popula��o estiver imunizada � que as atividades poder�o retornar com normalidade. Isso s� refor�a a import�ncia de se organizar, ter os insumos e preparar as campanhas, para que elas aconte�am assim que poss�vel.


Por isso que a professora Ana Maria Malik, da FGVSa�de defende que o governo federal concentre a negocia��o dos insumos neste momento. "Como as quantidades compradas seriam maiores, para todo o pa�s, o nosso poder de negocia��o e competi��o no cen�rio internacional tamb�m aumentaria", acredita.


Outro desdobramento negativo de uma compra "picada" entre os Estados, como acontece normalmente, pode ser a amplia��o da desigualdade. H� o risco de locais como S�o Paulo, que t�m mais capital e poder de barganha, garantirem seus estoques de seringas, enquanto outros lugares ficam sem sua parte. "N�o faz sentido que alguns mais ricos ganhem acesso antes dos mais pobres. A distribui��o deve ser igualit�ria", defende Malik.

Cen�rio global

O Brasil n�o � o �nico a enfrentar essa dificuldade. Mesmo em na��es desenvolvidas, como os Estados Unidos, a disponibilidade dos insumos para vacina��o � tema de amplo debate.


Em maio de 2020, a imprensa americana deu muito destaque ao t�pico, quando o diretor da Autoridade em Pesquisa e Desenvolvimento de Biomedicina Avan�ada relatou que o pa�s necessitaria de 650 a 850 milh�es de seringas e s� tinha um estoque de 15 milh�es de unidades.


No Reino Unido, nos �ltimos dias grupos de cientistas receberam avisos sobre a poss�vel falta de materiais para pesquisa, que est�o sendo priorizados para os esfor�os de vacina��o.


O brasileiro Ricardo Parolin Schnekenberg, que faz doutorado na Universidade de Oxford, na Inglaterra, relatou no Twitter que recebeu um comunicado falando sobre uma escassez de gelo seco. O material foi redirecionado para o transporte das vacinas de Pfizer/BioNtech, que come�am a ser distribu�das e aplicadas por l�.

Fomos avisados hoje no laborat�rio para nos prepararmos para uma escassez de gelo seco, que ser� redirecionado para o transporte da vacina da Pfizer. It’s happening!

— Ricardo Parolin Schnekenberg MD (@parolin_ricardo) December 3, 2020


No contexto global, o Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef) anunciou em outubro que iria comprar e reservar 1 bilh�o de seringas ao longo de 2021. A entidade tamb�m divulgou a aquisi��o de 5 milh�es de caixas t�rmicas para transporte de vacinas e um mapeamento completo da cadeia de frio dispon�vel nos pa�ses subdesenvolvidos.

Perguntas sem respostas

Enquanto as defini��es n�o saem no Brasil, � preciso pensar tamb�m como fica o acesso e a disponibilidade de insumos para as vacinas que nos protegem contra outras doen�as.


Al�m dos imunizantes regulares, que todo mundo precisa tomar em algum momento da vida, h� surtos de sarampo espalhados pelo pa�s. A febre amarela tamb�m foi uma verdadeira dor de cabe�a h� alguns anos e merece ser acompanhada de perto. E o mesmo vale para poliomielite, caxumba e outros quadros infecciosos.


"� poss�vel que em 2021 a vacina��o contra a covid-19 se sobreponha ou ocorra em paralelo a outras iniciativas, como a imuniza��o contra a gripe, que geralmente come�a em abril. Isso vai ser um desafio", antev� Moura, da SBIm. S� no ano passado, a campanha de prote��o contra o v�rus influenza englobou 80 milh�es de doses no pa�s.


Teremos seringas suficientes? H� espa�o nas c�maras de refrigera��o? E a log�stica de entrega das centenas de milh�es de doses? Tudo indica que 2021 ser� uma verdadeira prova de fogo para o nosso experiente Plano Nacional de Imuniza��es.


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