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Estado de Minas COVID-19

Reino Unido inicia vacina��o em massa contra o coronav�rus: como funciona e quem s�o os primeiros

Programa visa proteger mais vulner�veis e mais expostos num primeiro momento e permitir volta � "normalidade" quando grande parte da popula��o estiver imunizada


08/12/2020 06:59 - atualizado 08/12/2020 07:12


Profissional transporta vacinas no hospital universitario de Croydon, no Reino Unido(foto: PA Media)
Profissional transporta vacinas no hospital universitario de Croydon, no Reino Unido (foto: PA Media)

Doze meses depois do primeiro surto conhecido de covid-19 na China, o Reino Unido come�a nesta ter�a-feira (8/12) a imunizar as primeiras pessoas da fila daquele que ser� o maior programa de vacina��o da hist�ria do Reino Unido. A estrat�gia vem sendo chamada informalmente de "V-Day", um apelido que alude ao dia da vit�ria (Victory Day) contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial e, agora, a um "Vaccine Day" (Dia da Vacina).

Doses da vacina produzida pela Pfizer/BioNTech ser�o distribu�das em cerca de 70 hospitais do Reino Unido para pessoas com mais de 80 anos e parte dos profissionais que atuam em unidades de sa�de e em asilos.

O programa visa proteger os mais vulner�veis e os mais expostos num primeiro momento e permitir a volta � "normalidade" quando grande parte da popula��o estiver imunizada.

M�dico com nove netos, Hari Shukla, 87, disse estar "encantado de estar fazendo minha parte" ao ser imunizado nesta ter�a.

"Sinto que � meu dever fazer isso e tudo o mais que puder para ajudar", disse Shukla, que receber� sua vacina no Royal Victoria Infirmary, na cidade de Newcastle, com sua esposa, Ranjan.

O Reino Unido ser� o primeiro pa�s do mundo a come�ar a usar a vacina Pfizer/BioNTech depois que os reguladores aprovaram seu uso na semana passada.

A vacina��o n�o � obrigat�ria no pa�s.

O ministro de Sa�de, Matt Hancock, disse que agora havia "luz no fim do t�nel". "Vamos olhar para tr�s hoje, o V-day, como um momento-chave em nossa luta contra esta doen�a terr�vel."


Freezers ultrafrios têm capacidade de armazenar mais de 80 mil doses da vacina cada(foto: Public Heath England/PA Wire)
Freezers ultrafrios t�m capacidade de armazenar mais de 80 mil doses da vacina cada (foto: Public Heath England/PA Wire)

Aqueles que administram a vacina ser�o os primeiros a receber vacinas na Esc�cia, enquanto os profissionais de sa�de ser�o os primeiros na fila no Pa�s de Gales e na Irlanda do Norte.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, lembrou que as pessoas devem manter as medidas de seguran�a adotadas ao redor do pa�s para evitar o espalhamento da doen�a, como distanciamento social e higiene rigorosa das m�os, enquanto o programa de vacina��o ganha tra��o.

Autoridades estimam que grande parte das restri��es pode ser suspensa at� a P�scoa, caso tudo corra bem com a imuniza��o massiva.

At� agora, mais de 60 mil pessoas morreram no Reino Unido em decorr�ncia da infec��o por covid-19, segundo dados oficiais.

O governo garantiu 800 mil doses da vacina da Pfizer/BioNTech para dar in�cio ao programa. Mas foram encomendadas 40 milh�es de doses ao todo, o suficiente para 20 milh�es de pessoas, pois s�o necess�rias duas aplica��es.

Estima-se que 4 milh�es de doses sejam distribu�das at� o fim de 2020, num ritmo mais lento do que o esperado por problemas com a fabrica��o dos imunizantes. Antes a meta era 10 milh�es de imunizados ainda neste ano.

Esfor�o em massa

Containers refrigerados com a vacina da Pfizer/BioNTech, que demanda temperaturas abaixo de -70ºC em parte do trajeto da f�brica at� a aplica��o, t�m chegado ao Reino Unido nos �ltimos dias oriundos da B�lgica, onde s�o fabricados, e distribu�dos pela cadeia de frio montada em territ�rio brit�nico.

Essa log�stica tem se mostrado bastante complicada no in�cio do processo, j� que as vacinas s�o armazenadas em embalagens com 975 doses cada e n�o podem ser divididas em lotes menores.


Profissionais que atuam em unidades de saúde e em casas de repouso estão entre os primeiros a serem vacinados(foto: Getty Images)
Profissionais que atuam em unidades de sa�de e em casas de repouso est�o entre os primeiros a serem vacinados (foto: Getty Images)

Isso se tornou um obst�culo para imunizar muitos dos idosos que vivem em asilos nesta primeira fase de implementa��o do programa��o de vacina��o. Esse grupo � considerado o mais priorit�rio de todos.

O NHS (o sistema nacional de sa�de, uma esp�cie de SUS brit�nico) aguarda orienta��es do �rg�o respons�vel pela vacina para descobrir como superar esse obst�culo log�stico (sem afetar a efic�cia da vacina) e conseguir enviar lotes menores para as casas de repouso, por exemplo.

Quando isso acontecer, abrir� caminho para a vacina��o em mais de mil unidades de sa�de do pa�s, al�m dos asilos e dos centros de vacina��o em massa que v�m sendo planejados em centros de conven��es, est�dios esportivos e centros de lazer em 2021.

A vacina � administrada em duas inje��es, com 21 dias de intervalo entre elas, sendo que a segunda dose � considerada um refor�o. A imunidade come�a a se manifestar ap�s a primeira dose, mas atinge seu efeito total sete dias ap�s a segunda dose.

A maioria dos efeitos colaterais registrados s�o muito leves, semelhantes aos efeitos colaterais ap�s qualquer outra vacina, como dor no bra�o, e geralmente duram um dia. At� agora n�o foram identificados efeitos adversos graves durante os estudos com dezenas de milhares de pessoas.

Segundo os resultados dos estudos conduzidos pela Pfizer/BioNTech, a vacina apresentou 95% de eficaz para todos os grupos et�rios nos ensaios, incluindo idosos.

Mas ainda n�o se sabe por quanto tempo dura a imunidade que ela fornece ou se impede que as pessoas transmitam o v�rus para outras pessoas.

E o Brasil?

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, escreveu em seu perfil no Twitter nesta segunda-feira (7/12) que o governo ofertar� gratuitamente � popula��o as vacinas que vierem a ser aprovadas pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). Segundo ele, a vacina��o n�o ser� obrigat�ria.

A principal aposta do governo Bolsonaro para a vacina��o contra a covid-19 envolve o imunizante criado pela Universidade de Oxford e a farmac�utica AstraZeneca, que tem o potencial de imunizar 130 milh�es de pessoas no Brasil at� o fim de 2021. Mas essa vacina ainda n�o concluiu seus testes cl�nicos e tampouco foi aprovada pela Anvisa.

Por isso, o governo federal tem sido pressionado a ampliar sua cartela de op��es de vacina, incluindo a da Pfizer/BioNTech e a da Sinovac, que ser� produzida em parceria com o Instituto Butantan, de S�o Paulo, mas tamb�m n�o concluiu a fase de estudos cl�nicos.

Cada uma dessas op��es tem um obst�culo aos olhos do governo. A Sinovac tem um forte componente pol�tico, j� que tem sido apresentada como um trunfo de Jo�o Doria, governador paulista e desafeto de Bolsonaro. Doria anunciou nesta segunda-feira (7/12) que a vacina��o come�ar� no Estado em 25 de janeiro de 2021, mesmo sem os testes e o processo de aprova��o pela Anvisa conclu�dos.


(foto: BBC)
(foto: BBC)

Por outro lado, o imunizante da Pfizer/BioNTech tem o desafio log�stico envolvido. Como as doses precisam ser armazenadas abaixo de -70 °C, uma temperatura que demanda equipamentos especiais, essa exig�ncia pode dificultar o transporte e a chegada das doses a regi�es mais afastadas e com pouca infraestrutura.

Segundo Arnaldo Medeiros, secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de, o Brasil pretende priorizar os imunizantes que se adequem � infraestrutura das salas de vacina��o espalhadas pelo pa�s.

Mas reiterou que o governo n�o descartou nenhuma vacina at� agora. "� extremamente importante avisarmos a popula��o brasileira que o Minist�rio da Sa�de, atrav�s do Programa Nacional de Imuniza��es, n�o descarta nenhuma vacina. O que n�s queremos � uma vacina que seja registrada na Anvisa e que mostre efic�cia e seguran�a necess�rias".

A princ�pio, o governo federal planeja iniciar o programa nacional de imuniza��o contra a covid-19 em mar�o, mas governadores e prefeitos t�m pressionado pelo in�cio da estrat�gia logo que um imunizante seja aprovado pela Anvisa.

H� outras candidatas a vacina em vias de conclu�rem os estudos e iniciarem o processo de aprova��o no Brasil, como a Sputnik V, a da Johnson & Johnson e da Moderna. Mas nem elas, nem Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford ou Sinovac, chegaram a esse ponto ainda.



(foto: BBC)
(foto: BBC)

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(foto: BBC)

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O que � o coronav�rus

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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