Com 2.286 mortes por covid-19 nas �ltimas 24 horas (segundo dados do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de), um novo recorde na pandemia, o Brasil registrou mais do que o dobro de mortes di�rias pelo novo coronav�rus do que a �sia, o continente mais populoso do mundo.
O continente asi�tico, com mais de 20 vezes a popula��o brasileira, contabilizou 801 mortes no mesmo per�odo, em sua maioria na Indon�sia (175) e �ndia (134), de acordo com dados oficiais.
O Brasil tem uma popula��o de 210 milh�es de habitantes. A �sia abriga cerca de 4,6 bilh�es de pessoas.
Considerando a m�dia de �bitos dos �ltimos sete dias, o Brasil tamb�m ultrapassou os Estados Unidos, o pa�s com o maior n�mero total de mortes, segundo a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford.
No �ltimo dia 2 de mar�o, o Brasil j� havia ultrapassado os EUA na m�dia de �bitos dos �ltimos sete dias por milh�o de habitantes. No dia seguinte (3/3), superou o M�xico e desde ent�o lidera o ranking, com 7,65 mortes por milh�o de habitantes, entre os pa�ses onde o v�rus � mais letal.
Esse par�metro leva em conta a m�dia dos sete dias imediatamente anteriores e � considerado mais adequado para medir a gravidade da situa��o por corrigir distor��es pontuais nas estat�sticas.
Em n�meros absolutos, o Brasil mant�m-se como o segundo pa�s com mais mortes por covid-19 no mundo. Foram 270.656 desde o in�cio da pandemia, de acordo com boletim do Conselho Nacional de Secret�rios da Sa�de (Conass).
Est� atr�s apenas dos Estados Unidos, que t�m mais de 528 mil �bitos por covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Na �sia, o n�mero de mortes foi at� agora de 406,7 mil.
J� em rela��o ao n�mero de casos, o Brasil foi superado oficialmente pela �ndia na segunda metade do ano passado atualmente com 11,3 milh�es, atr�s apenas dos Estados Unidos (29,2 milh�es).
Mas, com o grande aumento recente do n�mero de casos confirmados da doen�a no Brasil (atualmente com 11.202.305 sendo 79.876 registrados nas �ltimas 24 horas) o pa�s se aproxima novamente do segundo lugar.
Ap�s bater o novo recorde de mortes, pesquisadores entrevistados pela BBC News Brasil dizem acreditar que n�o ser� uma "surpresa" se os pr�ximos dias forem atingidas novas marcas tr�gicas como essa.
"J� em janeiro, com a eleva��o do n�mero de casos, prev�amos a fal�ncia do sistema de sa�de e o aumento de �bitos ainda neste m�s (mar�o). Se mantivermos essa curva, podemos chegar em agosto a 500 mil mortos no pa�s", disse em entrevista recente o infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP), referindo-se a estimativas internas de especialistas e �rg�os assessorando o governo de S�o Paulo.
Segundo o infectologista, de hoje para agosto, a curva de �bitos prevista s� pode ser freada com um isolamento social cumprido rigorosamente se poss�vel com fiscaliza��o refor�ada por pol�cias, ele sugere.
"Ano passado, quando o isolamento deu um pouquinho certo, as pessoas realmente se isolaram e usaram m�scaras. Hoje, essas medidas est�o absolutamente desacreditadas. Mesmo com fases e decretos mais r�gidos, o n�vel de isolamento � pequeno e a circula��o est� grande. A popula��o est� tendo um desapego � vida", acrescentou.
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