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Estado de Minas

CPI da Covid: quem ser�o os pr�ximos a depor

Ap�s ex-ministro da Sa�de, 'capit� cloroquina' ser� ouvida ainda nesta semana. Confira os nomes j� convocados para falar no Congresso Nacional.


20/05/2021 12:06 - atualizado 20/05/2021 12:31

Depoimento do ex-ministro da Saúde é um dos mais esperados(foto: Getty Images)
Depoimento do ex-ministro da Sa�de � um dos mais esperados (foto: Getty Images)

A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid investiga neste momento as a��es do governo federal no combate � pandemia e, para isso, tem ouvido autoridades, empres�rios e outros profissionais envolvidos nestes esfor�os.

Pr�xima de completar seu primeiro m�s, a comiss�o tem uma dura��o inicial prevista de 90 dias.

Conforme os depoimentos v�o se desenrolando, mais pessoas s�o convocadas como testemunhas e convidadas, para prestar esclarecimentos aos senadores.

Nesta quinta-feira (20/05), o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello prossegue com o depoimento mais esperado na comiss�o.

Pazuello assumiu o minist�rio em maio do ano passado e foi demitido em mar�o, sob fortes questionamentos sobre sua atua��o na pandemia.

O primeiro dia do depoimento do ex-ministro, na quarta-feira (19/5), foi bastante atribulado, com os membros da comiss�o apontando contradi��es na fala do ex-ministro e o acusando de mentir.

A sess�o da comiss�o foi interrompida por atividades no plen�rio do Senado e n�o p�de ser retomado porque Pazuello passou mal.

Isso obrigou o adiamento do pr�ximo depoimento, de Mayra Pinheiro, secret�ria do MInist�rio da Sa�de conhecida por sua defesa da cloroquina, que estava marcado para esta quinta-feira e passou para a pr�xima ter�a.

Outras 11 pessoas j� foram convocadas ou convidadas a comparecer � comiss�o, mas ainda n�o tiveram as datas de seus depoimentos marcadas.

Explicamos a seguir quem s�o os pr�ximos a serem ouvidos e quando dever�o comparecer � CPI.

Depoimentos marcados

Mayra Pinheiro, secret�ria do Minist�rio da Sa�de

Secretária do Ministério da Saúde defende a cloroquina(foto: Ministério da Saúde)
Secret�ria do Minist�rio da Sa�de defende a cloroquina (foto: Minist�rio da Sa�de)

A respons�vel pela secretaria de Gest�o do Trabalho e da Educa��o na Sa�de seguiu o exemplo de seu ex-chefe, Eduardo Pazuello, e tamb�m fez um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal para garantir o direito de ficar calada e n�o produzir provas contra si mesmo em seu depoimento.

Mas o pedido foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que justificou que ela deve responder as perguntas dos senadores porque n�o � investigada, acusada ou r� em nenhum processo, diferentemente de Pazuello.

Pinheiro tamb�m n�o poder� interromper o depoimento unilateralmente. Ser� permitido que seja acompanhada por um advogado, mas ele n�o poder� interferir na reuni�o.

Em uma comiss�o controlada pela oposi��o e na qual a cloroquina se tornou o assunto mais recorrente, a secret�ria n�o deve mesmo ter momentos f�ceis.

Ela ficou conhecida como "capit� cloroquina" pela defesa veemente que fez do uso desse medicamento em um suposto tratamento precoce contra a covid-19.

Pinheiro ter� de explicar por que agiu assim mesmo sem haver evid�ncias cient�ficas do efeito da cloroquina contra o novo coronav�rus e inclusive quando j� se formava um consenso de que n�o funcionava e poderia at� fazer mal se usada incorretamente.

Mayra Pinheiro ser� ouvida no dia 25, ter�a-feira, a partir das 9h.

Convocados

Os requerimentos para que os nomes apresentados a seguir (em ordem alfab�tica) sejam ouvidos j� foram aprovados, mas a data de seus depoimentos ainda n�o foi marcada.

Ant�nio Elcio Franco Filho, ex-secret�rio-executivo do Minist�rio da Sa�de

O coronel da reserva foi o n�mero dois na pasta durante a gest�o de Pazuello. Cabia a ele conduzir as negocia��es com fornecedores do minist�rio.

Sua convoca��o foi feita sob a justificativa de que � preciso investigar a falta de uma coordena��o federal no combate � pandemia, falhas no fornecimento de equipamentos e insumos, a compra de medicamentos para um suposto tratamento precoce, a compra de vacinas, entre outros temas.

Franco Filho continua no governo depois da demiss�o de Pazuello, como assessor especial da Casa Civil, hoje sob o comando do general Luiz Eduardo Ramos.

Dimas Covas, diretor do Butantan

Covas será questionado sobre negociações da CoronaVac(foto: Getty Images)
Covas ser� questionado sobre negocia��es da CoronaVac (foto: Getty Images)

O hematologista est� � frente do instituto que desenvolveu, em parceria com a chinesa Sinovac, a vacina CoronaVac.

O minist�rio da Sa�de, sob Pazuello, chegou a anunciar a compra de 46 milh�es de doses desse imunizante no ano passado, mas a aquisi��o foi cancelada por ordem de Bolsonaro.

Os ataques do governo federal � China tamb�m s�o apontados como os motivos para as dificuldades enfrentadas pelo Butantan para receber insumos para produzir a CoronaVac, o que agravou a falta de vacinas no pa�s.

Fernando Marques, presidente da Uni�o Qu�mica

A farmac�utica paulista tem um acordo com o governo russo para a produ��o e distribui��o da vacina Sputnik V no Brasil.

O governo federal � acusado de ter cedido a press�es pol�ticas do governo dos Estados Unidos para n�o comprar este imunizante.

A falta cr�nica de vacinas � apontada pelos cr�ticos de Bolsonaro como uma das falhas mais graves do seu governo no combate � pandemia.

Fl�vio Cadegiani | Francisco Eduardo Cardoso Alves | Ricardo Dimas Zimmermann, m�dicos

Os tr�s foram chamados para depor por serem defensores de um suposto tratamento precoce contra o novo coronav�rus, mesmo sem haver evid�ncias cient�ficas s�lidas de que os medicamentos usados t�m esse efeito.

H�lio Angotti Neto, secret�rio do Minist�rio da Sa�de

Angotti teve um envolvimento direto no incentivo do governo federal à cloroquina e na compra de vacinas(foto: Ministério da Saúde)
Angotti teve um envolvimento direto no incentivo do governo federal � cloroquina e na compra de vacinas (foto: Minist�rio da Sa�de)

O m�dico est� � frente da secretaria de Ci�ncia, Tecnologia, Inova��o e Insumos Estrat�gicos em Sa�de.

Assumiu o cargo em junho do ano passado, ap�s Pazuello se tornar ministro.

Nesta posi��o, teve um envolvimento direto no incentivo do governo federal � cloroquina e na compra de vacinas.

Jo�o Paulo Marques dos Santos, ex-secret�rio-executivo da Secretaria de Sa�de do Amazonas

O governo do Amazonas � investigado porque teria ocorrido um superfaturamento na compra de respiradores.

Em sua den�ncia contra o governador Wilson Lima (PSC), a Procuradoria-Geral da Rep�blica afirma que Santos participou de supostas irregularidades.

Jurema Werneck, coordenadora do Movimento Alerta

� m�dica, diretora-executiva da ONG Anistia Internacional no Brasil e esta � frente de um esfor�o para consolidar dados sobre os impactos da pandemia no pa�s.

Marcellus Campelo, secret�rio de Sa�de do Amazonas

O secret�rio assumiu depois que a titular do cargo, Simone Papais, foi presa e exonerada sob acusa��o de superfaturamento na compra de respiradores no Estado.

O governador amazonense, Wilson Lima (PSC), � um dos cinco chefes do Executivo estadual que s�o investigados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.

O vice-governador acusou Lima e Bolsonaro de testar em Manaus a estrat�gia de usar a imunidade de rebanho como forma de combate � pandemia.

Nise Yamaguchi, m�dica

A m�dica, que chegou a ser cogitada para assumir o Minist�rio da Sa�de, foi citada pelo presidente da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria, Antonio Barra Torres, em seu depoimento.

Ele afirmou que Yamaguchi esteve em uma reuni�o no Planalto na qual foi discutido alterar a bula da cloroquina por decreto para que o medicamento passasse a ser indicado para covid-19, mesmo sem evid�ncias cient�ficas s�lidas de sua efic�cia.

O ex-ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta (MDB-MS), tamb�m fez refer�ncia � m�dica, citando sua defesa junto ao presidente do uso da cloroquina.

A m�dica diz que a fala de Barra Torres "n�o corresponde � realidade" e se ofereceu para ir � comiss�o para prestar esclarecimentos.

Deve comparecer na condi��o de convidada e n�o como testemunha, o que significa que n�o pode incorrer no crime de falso testemunho caso falte com a verdade.

N�sia Trindade Lima, presidente da Fiocruz

Fiocruz, sob o comando de Nísia Trindade Lima, enfrenta problemas para fabricar vacinas contra a covid-19(foto: ABR)
Fiocruz, sob o comando de N�sia Trindade Lima, enfrenta problemas para fabricar vacinas contra a covid-19 (foto: ABR)

� frente do instituto de pesquisa, que fica sob a al�ada do Minist�rio da Sa�de, Trindade esteve envolvida na produ��o da vacina de Oxford/AstraZeneca.

O governo federal � acusado de ter errado ao apostar todas as suas fichas neste imunizante, cujo desenvolvimento acabou atrasando ap�s erros na fase de pesquisas.

At� hoje, a Fiocruz enfrenta dificuldades para seguir o cronograma de entrega de vacinas e tem reduzido e atrasado entregas por problemas no fornecimento de insumos.


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