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Estado de Minas

Argentina decreta lockdown por nove dias em diversas regi�es ap�s agravamento de pandemia

Ao anunciar novas medidas nesta quinta-feira (20/5), o presidente Alberto Fern�ndez disse que pa�s vive o "pior momento" da pandemia e que a situa��o � grav�ssima".


20/05/2021 23:00

Na pior semana em n�meros de infectados e de �bitos por covid-19 desde o in�cio da pandemia na Argentina, o presidente Alberto Fern�ndez anunciou nesta quinta-feira (20/5) uma quarentena rigorosa de nove dias para todas as regi�es do pa�s que est�o em estado cr�tico.

A partir deste s�bado, dia 22, at� 30 de maio, apenas atividades essenciais poder�o continuar nestas regi�es, incluindo a capital, Buenos Aires. Outras atividades religiosas, educacionais e comerciais ficam suspensas, conforme detalhou um comunicado da presid�ncia.

"Estamos vivendo o pior momento desde que a pandemia come�ou", disse Fern�ndez em rede nacional, acrescentando que "todos os dados cient�ficos" mostram que a situa��o na Argentina � "grav�ssima".

"Estamos tendo a maior quantidade de casos e de falecidos. Um recorde (desde o in�cio da pandemia no pa�s). N�o podemos naturalizar a trag�dia. Temos que assumir a gravidade deste momento", afirmou o presidente argentino.

Segundo dados oficiais, a Argentina tem mais de 72 mil mortos e quase 3,5 milh�es de infectados pela doen�a at� agora.

Fern�ndez admitiu que alguns hospitais p�blicos e privados est�o operando no limite.

"O aumento de leitos e de respiradores j� n�o resolve o problema, sem isolamento", disse.

No primeiro semestre de 2020, a Argentina adotou um lockdown nacional, sob argumento do governo de que era preciso preparar os hospitais para o poss�vel agravamento da situa��o.

"Em meados de mar�o, anunciei que a segunda onda chegaria. E, infelizmente, ela est� acontecendo".

Al�m da cidade de Buenos Aires, v�rios governos provinciais, como os de Buenos Aires e de C�rdoba, declararam que v�o aderir ao lockdown decretado por Fern�ndez.

Nos �ltimos dias, infectologistas e epidemiologistas t�m alertado sobre a falta de leitos e profissionais, resultando em filas de espera no interior do pa�s.

"O n�mero de leitos foi ampliado, mas n�o temos pessoal para atender neste contexto e, em alguns casos, faltam at� respiradores. Em lugares como Neuqu�n (sul do pa�s), h� fila para interna��o. A situa��o � tamb�m complicada nas prov�ncias de Santa Fe, C�rdoba e Jujuy", disse o especialista Gonzalo Camargo � TV TN, de Buenos Aires.

Limita��es em Buenos Aires

Logo ap�s as declara��es de Fern�ndez, o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodr�guez Larreta, opositor do presidente, repetiu a palavra "grav�ssima" ao falar sobre a situa��o na capital.

Larreta afirmou que, h� algumas semanas, Buenos Aires registrava cerca de 2 mil casos di�rios da doen�a, e agora o n�mero j� chega a 3 mil. De acordo com ele, todos os governadores do pa�s concordaram que o isolamento � a sa�da neste momento da pandemia no pa�s.

"Os encontros sociais ficam proibidos em lugares abertos e fechados. O transporte p�blico continua habilitado somente para trabalhadores essenciais. Os clubes estar�o fechados e as atividades religiosas n�o est�o permitidas", disse o prefeito.

Nos parques, caracter�sticos da cidade, Larreta disse que as �reas de jogos coletivos ficar�o fechadas, e as atividades f�sicas ser�o permitidas apenas para pessoas sozinhas e em hor�rios limitados. Parte dos acessos no tr�nsito da cidade ser�o fechados e 3 mil policiais estar�o na rua para implementar a fiscaliza��o, incluindo a repress�o a festas nos domic�lios.

"O n�mero de telefone 911 est� habilitado para as den�ncias (de festas em lugares fechados)", disse o prefeito.

Nas �ltimas tr�s semanas, o governo local decretou uma nova fase de restri��es, com toque de recolher a partir das 20h. A medida gerou cr�ticas de donos de caf�s, bares e restaurantes de Buenos Aires, conhecida por ser not�vaga. Mas a restri��o acabou sendo acatada, como ficou vis�vel em bairros como Recoleta e Palermo, onde os clientes tamb�m se adaptaram ao novo hor�rio, lotando, em muitos casos, as mesas ao ar livre.

Na nova etapa, disse Fern�ndez em seu pronunciamento desta quinta-feira, as pessoas s� poder�o sair para compras essenciais de 6h a 18h perto de casa.

Entre os setores considerados essenciais est�o mercados, supermercados e farm�cias como ocorreu na fase um da resposta � pandemia no pa�s, quando o lockdown deixou lugares emblem�ticos, como a avenida Nove de Julio, em Buenos Aires, completamente vazios.

O novo lockdown ocorre em meio a protestos que se tornaram di�rios, principalmente no centro de Buenos Aires. Nos �ltimos dias, donos de �nibus de turismo bloquearam uma das principais avenidas da capital pedindo ajuda para o setor. Grupos de esquerda, como o Polo Obrero (P�lo Oper�rio), entre outros, realizaram manifesta��es por assist�ncia social.

Manifestante contrário a medidas de restrição aparece em foto de abril em frente à Casa Rosada, em Buenos Aires(foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
Manifestante contr�rio a medidas de restri��o aparece em foto de abril em frente � Casa Rosada, em Buenos Aires (foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

A Argentina j� registrava dois anos de recess�o quando a pandemia iniciou em mar�o de 2020. Os �ndices de pobreza e de desemprego, que j� eram altos, subiram com o agravamento da crise econ�mica na pandemia.

A pobreza entre crian�as e adolescentes, vis�vel em Buenos Aires e na periferia, tem sido motivo de alerta por parte de entidades sociais. Nesta fase da crise econ�mica argentina, a infla��o continua sendo outro problema preocupante, segundo assessores do pr�prio governo, economistas e opositores. Nos primeiros quatro meses deste ano, a alta de pre�os superou os 17%, segundo dados do Instituto Nacional de Estat�sticas e Censos (Indec).

Clamor por vacinas do exterior

O chefe de Gabinete da Presid�ncia da Argentina, Santiago Cafiero, disse que 70% das pessoas com mais de 60 anos j� receberam pelo menos uma dose de vacina contra o coronav�rus no pa�s.

Fern�ndez, por sua vez, afirmou que conversou, nas �ltimas horas, com o presidente chin�s Xi Jinping, pedindo o envio de mais doses da Sinopharm, j� aplicada na Argentina; e com o presidente da R�ssia, Vladimir Putin, que prometeu mais doses da Sputnik, tamb�m usada na Argentina h� v�rios meses.

O presidente argentino disse ainda que, nas �ltimas horas, conversou com seu colega do M�xico, Andr�s Manuel L�pez Obrador (AMLO), sobre o envio de vacinas Astrazeneca produzidas em parte no pa�s.

Como no Brasil, opositores criticam o fato de a Argentina ter rejeitado a compra de vacinas Pfizer, j� que o ex-ministro da Sa�de alegou "exig�ncias demais" da farmac�utica. Segundo a imprensa local, o governo teria retomado as negocia��es para adquirir o imunizante.


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