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Estado de Minas

�micron: o que se sabe sobre efic�cia das vacinas contra a variante

Estudos sinalizam que nova variante do coronav�rus tem poder de escapar de anticorpos produzidos pela vacina��o, mas que a prote��o conta formas mais graves da doen�a persiste.


09/12/2021 08:53 - atualizado 09/12/2021 09:03

Vacina sendo aplicada
Doses de refor�o parecem aumentar a prote��o contra a �micron, que, segundo estudos preliminares, pode ter mais facilidade em driblar a imuniza��o (foto: Reuters)

As pesquisas preliminares sobre o comportamento das vacinas diante da �micron trazem boas e m�s not�cias: a nova variante do coronav�rus parece ter mais capacidade de escapar da imuniza��o, mas at� o momento os dados indicam que os imunizantes ainda protegem em grande medida contra eventuais casos graves de covid-19.

Al�m disso, quem j� teve a oportunidade de tomar a dose de refor�o parece estar mais bem protegido contra o v�rus, inclusive contra a nova variante.

A �micron causa preocupa��o porque tem um n�mero muito maior de muta��es do que as variantes anteriores do coronav�rus.

Na quarta-feira (8/12), as empresas Pfizer e BioNTech apresentaram dados pr�prios, ainda preliminares, indicando que a prote��o da vacina de fato cai drasticamente diante da nova variante.

No entanto, dizem, a dose de refor�o do imunizante aumentaria consideravelmente a defesa do sistema imunol�gico contra a �micron.

"Plasma de indiv�duos que receberam duas doses da vacina atual contra covid-19 teve, em m�dia, uma redu��o de mais de 25 vezes na neutraliza��o contra a �micron em compara��o (com as formas anteriores do v�rus), indicando que duas doses (da Pfizer) podem n�o ser suficientes para proteger contra a infec��o da �micron", afirma comunicado das empresas ressaltando, por�m, que "indiv�duos vacinados ainda parecem estar protegidos contra as formas mais graves da doen�a".

A aparente boa not�cia � que a dose de refor�o da Pfizer faria recuperar essa prote��o.

"Segundo dados preliminares, a terceira dose prov� um n�vel parecido de anticorpos neutralizantes contra a �micron do que as duas doses contra (as demais formas do v�rus)", al�m de manter a prote��o contra formas mais graves da covid-19, ainda segundo as duas fabricantes.

As empresas acrescentaram que est�o desenvolvendo uma vacina espec�fica contra a variante �micron, a ser entregue em at� cem dias, dependendo de aprova��o de �rg�os reguladores.

Estudo na �frica do Sul

Na ter�a-feira, um pequeno estudo ainda em fase pr�-print (ou seja, n�o revisado por outros cientistas) realizado na �frica do Sul onde a �micron foi identificada e tem avan�ado rapidamente chegou a conclus�es que apontam na mesma dire��o.

Vírus
OMS argumenta que as vacinas mant�m seu poder de proteger contra formas graves da doen�a e contra hospitaliza��es (foto: Getty Images)

A partir da an�lise dos anticorpos de 12 pessoas que receberam a vacina da Pfizer (sendo que metade delas havia sido tamb�m previamente infectada pelo coronav�rus e a outra metade, n�o), os pesquisadores notaram que os anticorpos produzidos pelas pessoas eram muito menos eficientes em impedir a infec��o contra a �micron.

No entanto, a percep��o do autor do estudo, Alex Sigal, virologista do Instituto de Pesquisa em Sa�de na �frica em Durban, � de que "embora eu ache que vai haver muita infec��o, n�o tenho certeza de que isso vai se traduzir em sistemas (de sa�de) colapsando", disse ele ao The New York Times. "Minha suspeita � de que conseguiremos ter (a situa��o) sob controle."

A boa not�cia, aqui, � que o virologista temia inicialmente que, diante de um v�rus t�o mutado, as vacinas se provassem totalmente ineficazes mas isso n�o aconteceu.

Sigal acrescentou que ainda ser� necess�rio estudar melhor os efeitos de doses de refor�o das vacinas, mas sua suspeita � de que "quanto mais anticorpos voc� tiver, melhor voc� vai se sair" contra a nova variante.

Al�m disso, vale lembrar que as vacinas desencadeiam uma rea��o imune que vai muito al�m da produ��o de anticorpos rea��o esta que n�o � mensurada pelos estudos listados aqui.

"As vacinas ainda t�m alta probabilidade de proteger a maioria das pessoas contra formas graves da doen�a porque treinam muito mais o sistema imunol�gico do que para a produ��o de anticorpos neutralizantes", explica o rep�rter da BBC especialista em ci�ncia e sa�de James Gallagher. "As c�lulas T, que agem diante de uma infec��o, s�o melhores em lidar com variantes uma vez que atacam diferentes partes do v�rus".

"O que � importante enfatizarmos aqui � que a imunidade n�o se perde", disse, no Twitter, a imunologista Let�cia Sarturi, ao comentar os dados de que a �micron parece escapar mais da imuniza��o.

"Anticorpos neutralizantes funcionam, imunidade celular tamb�m vai funcionar porque c�lulas T de mem�ria n�o s�o 'enganadas' t�o facilmente por variantes. Elas se ativaram por pedacinhos muito pequenos da prote�na spike, ent�o, mesmo que ocorram muta��es, c�lulas T podem responder porque nem todos os pedacinhos da prote�na mutaram. Variantes s�o uma amea�a ao controle da pandemia, mas variantes n�o v�o comprometer completamente o que ganhamos com a imuniza��o."

Doses de refor�o

H�, ainda, um outro estudo ainda preliminar (e sem revis�o de pares) e patrocinado por fabricantes de vacinas, que avaliou especificamente a efic�cia de doses de refor�o (no caso, as da Pfizer e da Janssen) em 65 indiv�duos.

Embora n�o seja espec�fico sobre a �micron, o estudo sugere que a dose adicional da vacina "aumenta as respostas de anticorpos em pessoas que haviam sido vacinadas ao menos seis meses antes" com a vacina da Pfizer.

No entanto, os pesquisadores ressaltam que a dura��o desse aumento na imunidade ainda � desconhecida.

Ainda ser� necess�rio fazer mais estudos sobre como essas e as demais vacinas se comportam perante a �micron e, tamb�m, como a dose de refor�o pode aumentar a prote��o das pessoas.

Por enquanto, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) argumenta que a expectativa � de que as vacinas continuem sendo efetivas contra a �micron.

"Temos vacinas altamente eficientes, que se provaram eficazes contra todas as variantes at� agora, em termos de (preven��o de) formas severas (da covid-19) e hospitaliza��es. N�o h� motivos para crer que ser� diferente" com a �micron, afirmou � ag�ncia France Presse Mike Ryan, diretor de emerg�ncias da OMS.

Mesmo assim, governos e cientistas seguem em alerta para monitorar os efeitos da �micron � medida que ela avan�a.

"Uma grande e repentina onda da �micron ainda pode causar problemas, mesmo que cause apenas sintomas moderados para a maioria das pessoas", explica o rep�rter James Gallagher. "Se os poucos que tiverem casos graves de covid-19 se infectarem com a �micron ao mesmo tempo, isso pode voltar a colocar press�o sobre os sistemas de sa�de."


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