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Estado de Minas BBC

FMI: Brasil ter� crescimento quase zero em 2022

Previs�o de crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro em 2022 caiu de 1,5% (em outubro passado) para 0,3%


25/01/2022 21:11 - atualizado 25/01/2022 21:11

Loja anuncia fechamento no Rio de Janeiro em dezembro de 2021
FMI tamb�m reduz sua expectativa para crescimento do pa�s em 2023: agora, prev� que o Brasil crescer� 1,6% no pr�ximo ano, contra 2% da estimativa anterior (foto: Getty Images)
O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) derrubou suas previs�es de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 de 1,5% (em outubro passado) para 0,3%. A revis�o consta do relat�rio Perspectiva Econ�mica Mundial, divulgado nesta ter�a-feira (25/1) em Washington D.C.

 

No documento, o �rg�o tamb�m reduz sua expectativa para o pa�s em 2023: agora, prev� que o Brasil crescer� 1,6% no pr�ximo ano, contra 2% da estimativa anterior.

 

Dentre 15 grandes economias que tiveram as m�tricas revistas (entre as quais, China, EUA, M�xico, �frica do Sul e �ndia), o Brasil sofreu proporcionalmente o pior tombo e foi o �nico a ficar abaixo da taxa de 1% de crescimento em 2022.

Na m�dia, embora a expectativa de crescimento para a Am�rica Latina tamb�m tenha recuado (menos 0,6 ponto percentual), a regi�o deve crescer 2,4% em 2022, �ndice oito vezes maior do que o do Brasil. Se comparada � proje��o feita pelo fundo para os mercados emergentes, a desvantagem do pa�s � ainda mais significativa: pa�ses em desenvolvimento devem crescer 4,8% ante a 0,3% do Brasil.

 

"A expectativa (de crescimento) se enfraqueceu no Brasil, onde a luta contra a infla��o levou a uma resposta forte de pol�tica monet�ria, que pesar� na demanda do mercado interno. Din�mica semelhante ocorre no M�xico, embora em menor escala", afirmou o FMI em seu relat�rio.

 

O fundo faz alus�o ao aumento da press�o inflacion�ria: segundo o IBGE, a alta de pre�os m�dia no Brasil fechou o ano de 2021 em 10,06%. Essa � a maior taxa acumulada desde 2015, bem acima da meta de 3,75% definida pelo Conselho Monet�rio Nacional.

 

Em resposta, o Banco Central acionou ferramentas da chamada "pol�tica monet�ria": em dezembro, aumentou a taxa b�sica de juros, a Selic, para 9,25% ao ano. Com isso, o mercado consumidor brasileiro deve desacelerar, o que esfria a alta de pre�os mas tamb�m a atividade econ�mica nacional.

Redu��es em s�rie no Brasil

Porquinho com calculadora e moedas
Previs�es para 2022 seguem sinalizando desempenho fraco da economia brasileira (foto: Getty Images)

Em outubro, o FMI j� havia sinalizado para uma redu��o na expectativa de crescimento do Brasil. � �poca, a taxa saiu de 1,9% para 1,5%. A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, disse na ocasi�o que a revis�o vislumbrava os "efeitos esperados com o aumento dos juros na pol�tica monet�ria, diante da infla��o alta no Brasil".

 

Em resposta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou duramente a revis�o do FMI. "Eles v�o errar de novo. Vamos crescer o dobro do que eles est�o dizendo", afirmou Guedes em outubro, durante visita � capital americana Washington. Pelos c�lculos de Guedes, o Brasil cresceria ao menos 2% em 2022.

Segundo o ministro, o FMI perdeu credibilidade depois de estimar que o PIB do Brasil despencaria mais de 9% em 2020. O recuo, na verdade, ficou em 4,1%, gra�as �s medidas de transfer�ncia de renda na pandemia e de preserva��o de emprego.

 

Em dezembro, ap�s assinar a dispensa da miss�o do FMI do Brasil, Guedes afirmou que "j� h� muitos anos (os t�cnicos do FMI) n�o precisavam estar aqui. Ficaram porque gostam de feijoada, futebol, conversa boa, e de vez em quando criticar um pouco e fazer previs�o errada".

 

No fim do ano, Guedes e a equipe econ�mica lidaram com forte press�o externa devido � decis�o da gest�o Bolsonaro de rever a regra do teto de gastos para acomodar despesas com o novo programa social do governo e com o pagamento de emendas parlamentares. A manobra fiscal, que exigiu altera��o das regras de pagamento dos precat�rios para gerar caixa, foi mal recebida pelo mercado internacional.

O mundo crescer� menos em 2022

Em termos globais, o novo relat�rio do FMI prev� que a economia mundial crescer� 4,4% - 0,5 ponto percentual a menos do que a previs�o de outubro.

 

A redu��o foi puxada por quedas na expectativa de crescimento das duas maiores for�as econ�micas do mundo - EUA e China. No caso americano, a redu��o do escopo do pacote de investimento em infraestrutura proposto pelo presidente americano, Joe Biden, e a falta de insumos para ind�stria e de m�o de obra explicam a redu��o de 1,2 ponto percentual no ritmo de crescimento (agora em 4%).

 

J� na China, problemas no mercado imobili�rio e a retomada mais lenta do que o esperado no consumo dom�stico s�o a explica��o para o recuo de 0,8 ponto percentual na proje��o de crescimento para 2022, em 4,8%.

 

Gopinath afirmou que "a recupera��o global enfrenta v�rios desafios � medida que a pandemia entra em seu terceiro ano. A r�pida dissemina��o da variante �micron levou a novas restri��es de mobilidade em muitos pa�ses e aumentou a escassez de m�o de obra. As interrup��es no fornecimento ainda pesam sobre a atividade econ�mica e est�o contribuindo para o aumento da infla��o de alimentos e energia".

 

Segundo ela, as altas d�vidas p�blicas dos pa�ses e tamb�m a infla��o, alta no mundo todo, reduzem a capacidade de resposta das na��es para amortecer esses choques na economia.

 

Gopinath, no entanto, ressalta que apesar do enorme n�mero de casos causados pela �micron, a aparente menor severidade da doen�a e o fato de que alguns pa�ses j� est�o na descendente da onda de infec��es levam o FMI a acreditar que seus impactos negativos devem ser superados j� no segundo trimestre de 2022.

 

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