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Estado de Minas

Covid longa: estudo detecta les�es pulmonares ocultas

Pesquisadores usam nova tecnologia para detectar altera��es no aparelho respirat�rio de pessoas que tiveram covid, mas n�o precisaram ser internadas.


29/01/2022 18:59

Algumas pessoas com covid longa podem sofrer danos ocultos nos pulm�es, sugere um estudo-piloto realizado no Reino Unido.

Isso ajudaria a explicar a falta de ar que alguns pacientes relatam sentir, mesmo depois de recuperados da infec��o inicial.

Os cientistas usaram um novo m�todo para detectar les�es pulmonares que n�o s�o identificadas em exames de rotina.

A equipe avaliou 11 indiv�duos que n�o precisaram de cuidados hospitalares quando tiveram covid pela primeira vez, mas, mesmo depois de recuperados, relataram falta de f�lego por um tempo prolongado.

Uma pesquisa maior e mais detalhada sobre esse tema est� em andamento para confirmar os achados iniciais.

O trabalho divulgado recentemente se baseia em um estudo anterior, que analisou pessoas que foram internadas no hospital com Covid.

Os pesquisadores dizem que as descobertas lan�am alguma luz sobre por que a falta de ar � t�o comum durante e ap�s a infec��o pelo coronav�rus embora as raz�es para sentir esse inc�modo sejam muitas e complexas.

O termo "covid longa" se refere a um conjunto de sintomas que continuam por v�rias semanas ap�s o quadro inicial e n�o podem ser explicados por outra causa.

A jornada do oxig�nio

A equipe, que reuniu especialistas das universidades de Oxford, Birmingham, Cardiff e Manchester, comparou os resultados de um exame de imagem que usa um g�s chamado xen�nio e outros testes de fun��o pulmonar em tr�s grupos de pessoas.

O primeiro grupo era composto por 11 indiv�duos com covid longa e falta de ar que n�o precisaram ficar internadas durante a infec��o.

O segundo reuniu 12 volunt�rios que foram hospitalizados pela covid, mas n�o tiveram esses sintomas de longa dura��o.

Por fim, tamb�m foram inclu�das 13 pessoas saud�veis, para que os resultados pudessem ser comparados.

Usando a nova abordagem, desenvolvida pela Universidade de Sheffield, tamb�m no Reino Unido, todos os participantes inalaram g�s xen�nio durante a realiza��o de um exame de imagem chamado resson�ncia magn�tica.

O g�s se comporta de maneira muito semelhante ao oxig�nio, mas pode ser rastreado visualmente durante o exame, de modo que os cientistas puderam "enxergar" claramente como ele se moveu dos pulm�es para a corrente sangu�nea um passo crucial no transporte de oxig�nio pelo corpo.

Os pesquisadores descobriram que, para a maioria das pessoas com covid longa, a transfer�ncia do xen�nio dos pulm�es para o sangue era menos eficaz do que o observado em indiv�duos saud�veis.

As pessoas que foram internadas no hospital por causa da covid tamb�m apresentaram um problema parecido nessa transi��o do g�s dos pulm�es para a circula��o sangu�nea.

A pneumologista Emily Fraser, autora principal do estudo, diz que � frustrante ver pessoas procurando ajuda m�dica sem conseguir explicar muito bem porque est�o sem f�lego. Para piorar, na maioria das vezes, radiografias e tomografias computadorizadas n�o detectam essas anormalidades pulmonares.

Médico olhando resultado da tomografia
Exames de imagem convencionais, como a radiografia, muitas vezes n�o detectam essas les�es pulmonares (foto: Getty Images)

"Esta � uma pesquisa importante e eu realmente espero que ela ajude a esclarecer mais sobre essa quest�o."

A m�dica acrescentou: "� importante que as pessoas saibam que as estrat�gias de reabilita��o e um treinamento respirat�rio podem ser realmente �teis".

"Quando vemos pessoas sem f�lego, n�s entendemos o problema e podemos intervir melhor".

O radiologista e professor Fergus Gleeson, coautor do trabalho, declarou: "Agora existem quest�es importantes a serem respondidas, como quantos pacientes com covid longa ter�o esses exames alterados, o significado pr�tico do que for detectado, a causa disso e as consequ�ncias de longo prazo."

"Assim que entendermos os mecanismos que levam a esses sintomas, poderemos desenvolver tratamentos mais eficazes", completou.

Vale dizer que o estudo foi publicado em formato de pr�-print e ainda n�o foi revisado por especialistas independentes ou publicado numa revista cient�fica.


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