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Estado de Minas

Putin vai reconhecer independ�ncia de regi�es separatistas na Ucr�nia, anuncia Kremlin

Governo ucraniano e pot�ncias ocidentais temem que declara��o seja seguida pelo envio de for�as russas a essa regi�o.


21/02/2022 16:29 - atualizado 21/02/2022 16:52

O Kremlin anunciou que o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu reconhecer a independ�ncia de duas regi�es separatistas na Ucr�nia, Donetsk e Luhansk. A R�ssia apoia rebeldes que lutam nessas �reas contra for�as militares ucranianas.

O comunicado tamb�m afirma que os l�deres da Alemanha e da Fran�a foram avisados de que Putin assinar� formalmente o reconhecimento dessas regi�es como estados independentes.

Pot�ncias ocidentais e o governo ucraniano temem que ap�s esse an�ncio sejam enviadas tropas russas para ocupa��o dessas regi�es, o que poderia detonar um conflito em larga escala.

Ap�s o comunicado, Putin fez um pronunciamento na TV russa afirmando que a Ucr�nia moderna foi "criada" pela R�ssia.

"Para a R�ssia, a Ucr�nia n�o � apenas um pa�s vizinho, mas parte da nossa hist�ria, dos nossos camaradas e parentes", afirmou.

Putin tamb�m disse que a R�ssia foi "roubada" com o colapso da Uni�o Sovi�tica em 1991.

Ele declarou que "a Am�rica usou a Ucr�nia e a Ge�rgia [outra ex-rep�blica sovi�tica] para implementar pol�ticas anti-R�ssia".

E tamb�m que os Estados Unidos e a Otan transformaram a Ucr�nia em um "teatro de guerra".

O l�der russo vinha exigindo garantias de que a Otan n�o admita a Ucr�nia, um ex-estado sovi�tico com la�os estreitos com a R�ssia, enquanto a alian�a ocidental nega que a ades�o represente qualquer amea�a a Moscou.

Tens�o crescente

H� temores de que uma interven��o militar russa possa iniciar uma guerra ainda mais sangrenta do que o conflito no leste da Ucr�nia, que custou pelo menos 14 mil vidas.

O Conselho de Seguran�a russo se reuniu nesta segunda e discutiu o tema. Putin ouviu integrantes do alto escal�o de seu governo discursarem sobre a necessidade de proteger as pessoas de Donbas (onde est�o Donetsk e Luhansk), que abrigam cidad�os russos, da amea�a de um choque com for�as militares da Ucr�nia.

"A situa��o em Donbas se tornou cr�tica", disse Putin no pronunciamento.

Exerc�cios militares

No domingo, Putin, e seu aliado, o l�der de Belarus, Alexander Lukashenko, estenderam os exerc�cios militares.


Soldados da Rússia e de Belarus
(foto: EPA)

Um comunicado citou a "deteriora��o da situa��o" no leste da Ucr�nia como uma das raz�es para manter cerca de 30 mil soldados russos em Belarus.

A medida aumentou os temores de que a R�ssia planeje uma invas�o da Ucr�nia, que divide uma longa fronteira com a Bielorr�ssia.

L�deres ocidentais acusaram Moscou de buscar um pretexto para enviar tropas.

A R�ssia negou que planeja invadir seu vizinho.

O secret�rio de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a extens�o dos exerc�cios militares mostra que o mundo est� � beira da guerra.

A correspondente da BBC na Europa Oriental, Sarah Rainsford, disse que o an�ncio — feito pelo Minist�rio da Defesa da Bielorr�ssia — � outro forte sinal de que a R�ssia n�o est� preparada para recuar em seu impasse com os pa�ses ocidentais sobre a Ucr�nia.

Explos�es

As tens�es no leste da Ucr�nia foram discutidas pelo presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, e por Putin em um telefonema neste domingo. O presidente russo culpou os militares ucranianos pela escalada das tens�es no Donbas.

A Fran�a disse que a dupla concordou em trabalhar por um cessar-fogo na linha de contato no leste da Ucr�nia.

Houve mais explos�es na zona de conflito do leste da Ucr�nia durante a noite e no domingo.

Detona��es podiam ser ouvidas da cidade de Donetsk, controlada pelos separatistas, enquanto ambos os lados disseram estarem sob forte fogo de artilharia.

Enquanto as explos�es aconteciam em Donetsk na manh� de domingo, rebeldes apoiados pela R�ssia em Luhansk acusaram as for�as do governo de cruzar a linha de frente para lan�ar um ataque que matou dois civis. Nenhuma prova foi dada para a alega��o, mas investigadores russos abriram um inqu�rito.


Civis de regiões controladas por separatistas estão sendo evacuados para a Rússia
Civis de regi�es controladas por separatistas est�o sendo evacuados para a R�ssia (foto: TASS/Getty)

Os rebeldes e as for�as do governo trocaram acusa��es de viola��o do cessar-fogo dezenas de vezes neste domingo.

Dois soldados ucranianos foram mortos no s�bado (19/2), quando observadores internacionais relataram que as viola��es do cessar-fogo aumentaram dramaticamente nesta semana.

Milhares de civis est�o sendo evacuados dos territ�rios separatistas para a R�ssia enquanto homens em idade de combate foram convocados a lutar.

A embaixada do Brasil em Kiev emitiu um aviso pedindo a cidad�os brasileiros que deixem as regi�es separatistas de Donetsk e Luhansk "sem demora".

Segundo a representa��o diplom�tica, a orienta��o tem como base o "contexto do aumento das viola��es de cessar-fogo registradas na linha de contato no leste da Ucr�nia".

Outros 35 pa�ses tamb�m pediram que seus cidad�os deixem o territ�rio ucraniano diante da escalada das tens�es na regi�o e da possibilidade de confronto armado.

Falando enquanto se preparava para deixar Donetsk para a R�ssia de �nibus com sua filha de quatro anos, uma mulher que se identificou como Tatyana disse � ag�ncia de not�cias Reuters: "� realmente assustador. Levei tudo o que pude carregar".

A R�ssia reuniu at� 190 mil soldados, incluindo for�as separatistas nas regi�es de Donetsk e Luhansk, segundo estimativas dos EUA.

Enquanto isso, l�deres ocidentais est�o preparando san��es contra a R�ssia em caso de invas�o.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse, em entrevista � BBC, que as san��es ser�o "muito, muito duras".

Segundo o premi�, evid�ncias indicam que Moscou est� planejando "a maior guerra na Europa desde 1945".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a Uni�o Europeia est� pronta para impor san��es massivas ao Kremlin — at� mesmo prejudicando sua pr�pria economia, se necess�rio — para enfrentar a agress�o militar russa.

Mas o presidente da Ucr�nia, Volodymr Zelensky, acusou os l�deres ocidentais de uma "pol�tica de apaziguamento" em rela��o a Moscou e exigiu garantias de seguran�a para a Ucr�nia, que oficialmente aspira a se juntar � Otan (Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte, uma alian�a militar ocidental) e � UE.

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