A China ordenou a maior quarentena desde que a pandemia de covid-19 come�ou h� mais de dois anos.
A cidade de Xangai, com 25 milh�es de habitantes, ficar� em confinamento em duas fases durante nove dias, per�odo em que as autoridades v�o realizar testes de covid-19 em todos os cidad�os.
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A cidade - um importante centro financeiro - enfrentou uma nova onda de infec��es no m�s passado. Por�m, at� agora, as autoridades resistiram em colocar toda a cidade em lockdown para evitar atrapalhar demais a economia.
No entanto, depois que o local registrou 2,6 mil casos de covid no s�bado (26/3), o maior n�mero di�rio de desde o in�cio da pandemia, as autoridades parecem ter mudado de ideia.
Esse n�mero de infec��es n�o � alto para alguns padr�es internacionais.
Para ter ideia, o Brasil registrou 10,2 mil casos no domingo (27/3), e a �ltima vez que o pa�s teve uma m�dia m�vel di�ria de casos abaixo de 2,7 mil foi em abril de 2020, h� quase dois anos.
No pico da variante �micron, em fevereiro de 2022, o Brasil chegou a alcan�ar uma m�dia m�vel di�ria de 189 mil casos.
Uma cidade dividida em duas
O confinamento em Xangai acontecer� em duas etapas, com restri��es na zona leste da cidade a partir desta segunda-feira at� 1� de abril, e na zona oeste entre os dias 1� a 5 de abril.
O transporte p�blico ser� suspenso e empresas ou f�bricas ter�o que interromper as opera��es ou trabalhar de forma remota, anunciaram as autoridades.

O governo da cidade postou as instru��es em sua conta do WeChat, aplicativo muito popular entre os chineses, pedindo que a popula��o "apoie, compreenda e coopere com o trabalho de preven��o e controle de epidemias".
Outros lockdowns durante a pandemia afetaram prov�ncias chinesas inteiras, embora muitas vezes as pessoas ainda pudessem viajar nessas regi�es.
Mas Xangai, devido � alta densidade populacional, � a maior cidade inteira a ser colocada em quarentena at� o momento. Trata-se da capital comercial da China e, segundo alguns par�metros, a maior cidade do pa�s.
Neste momento, � uma das �reas mais atingidas pela covid, enquanto a China luta para conter o espalhamento da variante �micron do coronav�rus, que est� por tr�s dos recordes de novos casos registrados nas �ltimas semanas.
As autoridades disseram que, at� agora, o porto e o centro financeiro localizado em Xangai devem continuar funcionando para o bem da economia.
A abordagem escalonada para esse confinamento significa que metade da cidade ainda permanecer� ativa, enquanto a outra parcela estiver em lockdown.

Milh�es de residentes em outras cidades chinesas foram submetidos a restri��es completas, muitas vezes ap�s um n�mero relativamente pequeno de casos de covid-19.
A pol�tica de 'covid zero'
O recente aumento de casos na China, embora pequeno em compara��o com o registrado em v�rios outros lugares do mundo, � um grande desafio � estrat�gia de "zero covid" que este pa�s empreendeu desde o in�cio da pandemia.
O governo tem ordenado bloqueios r�pidos e restri��es agressivas para conter qualquer novo surto de casos.
A pol�tica diferencia a China da maioria dos outros locais que tentam agora conviver com o v�rus. Mesmo em pa�ses que adotaram a pol�tica "zero covid" no passado, como Coreia do Sul, Austr�lia e Nova Zel�ndia, houve uma mudan�a de postura mais recentemente, com o al�vio de algumas restri��es.
O principal motivo para o fim dessa vis�o de abafar qualquer surto no in�cio foi a variante �micron, que � mais transmiss�vel que todas as outras vers�es anteriores do coronav�rus. Essa linhagem provocou recordes de novos casos em v�rias partes do mundo, embora a propor��o de hospitaliza��es e mortes tenha sido significativamente menor em rela��o �s ondas anteriores.
A disponibilidade de vacinas e tratamentos eficazes, especialmente nas na��es mais ricas, foi outro fator que permitiu o al�vio de muitas das restri��es que marcaram os �ltimos dois anos.
Alguns moradores de Xangai reclamaram dos intermin�veis ciclos de testes, sugerindo que o custo de uma pol�tica de "covid zero" se tornou muito alto.
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