(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Elei��es 2022: o que aconteceu com as 'estrelas' da CPI da Covid que se candidataram

Entre depoentes e senadores que participaram da comiss�o, 17 se candidataram a cargos no Legislativo Federal ou no Executivo dos Estados. Desses, seis se elegeram, quatro foram para segundo turno, dois ficaram como suplentes e cinco n�o conseguiram votos suficientes.


03/10/2022 17:17 - atualizado 27/11/2022 00:05

Eduardo Pazuello e Luiz Henrique Mandetta
Dois ex-ministros da Sa�de se candidataram nas elei��es de 2022. Pazuello se elegeu deputado federal, Mandetta n�o conseguiu chegar ao Senado (foto: Leopoldo Silva/Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)

Instalada no Senado Federal em 2021, a CPI da Covid teve a miss�o de apurar a atua��o do governo federal durante a pandemia.

As discuss�es da comiss�o, que ganharam um grande destaque no debate p�blico, permitiram que alguns nomes ficassem mais conhecidos. Alguns deles, inclusive, tentaram uma vaga como deputados federais, senadores e at� governadores nas elei��es de 2022.

Incluindo senadores titulares ou suplentes da comiss�o e os pr�prios depoentes, a CPI sobre a pandemia contou com a participa��o direta de 78 pessoas no total.

Dessas, 17 disputaram um cargo neste ano e buscaram ocupar cadeiras na C�mara dos Deputados, no Senado ou em governos estaduais.

No total, seis candidatos conseguiram se eleger, cinco sa�ram derrotados, dois est�o como suplentes do Legislativo e quatro disputar�o segundo turno.

Confira a seguir quem s�o esses indiv�duos e como foi o desempenho deles na vota��o mais recente.

Os bem-sucedidos

Entre os senadores que compuseram a CPI, dois conseguiram se eleger para um novo mandato de oito anos: Omar Aziz, do Amazonas, e Otto Alencar, da Bahia. Ambos s�o do PSD.

Aziz, que inclusive atuou como o presidente da comiss�o, recebeu mais de 783 mil votos. J� Alencar foi a escolha de 4,2 milh�es de baianos.

Tr�s depoentes tamb�m foram bem nas urnas e v�o integrar a C�mara dos Deputados a partir de 2023.

O caso que chamou mais aten��o foi a do general Eduardo Pazuello (PL-RJ), que foi ministro da Sa�de num dos per�odos mais graves da pandemia no pa�s, marcado pela crise da falta de oxig�nio em Manaus no in�cio de 2021.

Com 205 mil votos, Pazuello se tornou o segundo candidato a deputado federal mais votado no Rio de Janeiro.

Outro nome de destaque na pol�tica nacional durante a pandemia foi o do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), cr�tico das medidas de restri��o e defensor da ideia de imunidade de rebanho contra a covid.

Ele acabou reeleito para o Legislativo com mais de 103 mil votos.

Ricardo Barros (PP-PR), l�der do atual governo na C�mara e ex-ministro da Sa�de no governo de Michel Temer (MDB), � outro que seguir� como deputado federal no ano que vem ap�s ter sido escolhido por 107 mil paranaenses.

Durante a CPI, o nome de Barros foi envolvido em supostas negocia��es suspeitas para a compra de vacinas. Ele nega as acusa��es.

Ricardo Barros
Barros foi citado durante a CPI da pandemia por supostas irregularidades nas negocia��es de compra das vacinas. Na comiss�o, ele negou as acusa��es (foto: Roque de S�/Ag�ncia Senado)

Para fechar a lista, Fausto Junior (Uni�o-AM) era deputado estadual do Amazonas quando dep�s na CPI da Covid.

Nas elei��es de 2022, ele disputou o cargo de deputado federal e recebeu 87 mil votos.

Passaram para a pr�xima fase

Entre os senadores que participaram da CPI e decidiram concorrer ao governo de seus Estados, quatro tiveram uma vota��o suficiente para estar no segundo turno.

No Amazonas, Eduardo Braga (MDB) ficou com 20,9% dos votos e vai disputar o cargo com o atual governador Wilson Lima (Uni�o), que foi a escolha de 42,8% dos eleitores.

O pleito em Rond�nia se mostrou mais apertado: o senador Marcos Rog�rio (PL) teve 37% dos votos e ficou pouco menos de dois pontos percentuais atr�s do Coronel Marcos Rocha (Uni�o), com 38,8%.

J� no Sergipe, a situa��o foi contr�ria: com 44,7% dos votos, o senador Rog�rio Carvalho (PT) est� no segundo turno contra F�bio (PSD), com 38,9%.

Em Santa Catarina, o senador Jorginho Mello (PL) conquistou a dianteira com 38,6% dos votos e est� no segundo turno contra D�cio Lima (PT), que foi a prefer�ncia de 17,4% dos catarinenses.

Jorginho Mello
Jorginho Mello foi um dos senadores governistas a compor a CPI da pandemia e agora disputa o governo de Santa Catarina (foto: Leopoldo Silva/Ag�ncia Senado)

Na corrida para a C�mara dos Deputados, dois depoentes da CPI n�o conquistaram apoio suficiente para se eleger de primeira, mas entraram na lista de suplentes o que significa que eles podem ser chamados caso outros candidatos com uma vota��o superior n�o possam assumir o cargo no ano que vem.

No Cear�, a m�dica Mayra Pinheiro (PL) obteve mais de 71 mil votos. Como secret�ria de Gest�o do Trabalho e da Educa��o na Sa�de do Minist�rio da Sa�de, ela ficou conhecida como "capit� cloroquina", por ser uma das defensoras de tratamentos ineficazes contra a covid.

Luis Miranda (Republicanos), que j� era deputado pelo Distrito Federal, desta vez concorreu a uma vaga por S�o Paulo, onde obteve 8,9 mil votos.

Miranda protagonizou um dos momentos mais tensos da CPI quando declarou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha suspeitas sobre o deputado Ricardo Barros por causa de supostas irregularidades nas negocia��es de compra das vacinas contra a covid.

Ficaram pelo caminho

Por fim, cinco participantes da CPI n�o tiveram vota��o para conquistar o cargo que almejavam.

O senador Alessandro Vieira (PSDB) tentou virar governador de Sergipe, mas acabou a corrida eleitoral em terceiro lugar, com 10,8% dos votos.

O tamb�m senador Luis Carlos Heinze (PP) se candidatou ao Executivo do Rio Grande do Sul. Ele obteve 4,2% dos votos e ficou em quarto lugar.

Ambos foram eleitos em 2018, ent�o seguem no Senado Federal pelos pr�ximos quatro anos.

Entre os depoentes, tr�s n�o conseguiram um n�mero suficiente de eleitores para conquistar uma cadeira no poder Legislativo.

Amilton Gomes de Paula (Pros), suspeito de intermediar uma suposta venda de vacinas, concorreu a deputado distrital. Ele s� teve, por�m, 86 votos no total.

A m�dica imunologista Nise Yamaguchi (Pros), que se notabilizou pela defesa da cloroquina e outros medicamentos ineficazes contra a covid, tamb�m buscava uma vaga na C�mara dos Deputados por S�o Paulo.

Os 36 mil votos n�o foram o bastante para que ela figurasse no rol dos representantes paulistas na pr�xima legislatura.

Nise Yamaguchi
Nise Yamaguchi foi uma das mais ferrenhas defensoras do famigerado tratamento precoce contra a covid (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

O �ltimo caso de fracasso envolveu Luiz Henrique Mandetta (Uni�o), ex-ministro da Sa�de do governo Bolsonaro.

Ele concorria ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, mas obteve 15,1% dos votos e ficou atr�s de Tereza Cristina (PP), escolhida por 60,8% dos eleitores do Estado.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63123680


Sabia que a BBC est� tamb�m no Telegram? Inscreva-se no canal.

J� assistiu aos nossos novos v�deos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)