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Estado de Minas CHECAMOS

V�deo de 'pai desesperado' n�o tem rela��o com vacina��o de crian�as

As publica��es circulam em meio � inclus�o de crian�as com faixa et�ria entre 5 e 11 anos na campanha de vacina��o contra a COVID-19 no Brasil


23/01/2022 23:30 - atualizado 24/01/2022 23:30


 

imagem de pai desesperado em corredor de hospital
Captura de tela feita em 23 de janeiro de 2022 de uma publica��o no Facebook ( . / )
Um v�deo que supostamente mostra um “pai desesperado ao ver seu filho morto” em decorr�ncia da vacina na Para�ba foi compartilhado milhares de vezes nas redes sociais, desde ao menos 21 de janeiro de 2022. As publica��es circulam em meio � inclus�o de crian�as com faixa et�ria entre 5 e 11 anos na campanha de vacina��o contra a covid-19 no Brasil. Contudo, a grava��o � anterior � pandemia, e mostra a revolta de um homem ao receber a not�cia de que sua esposa e a filha que esperavam haviam falecido em uma maternidade de Manaus, no Amazonas, em fevereiro de 2019.

 

“Vacina��o mata crian�a na Para�ba. Pai desesperado ao ver seu filho morto”, l�-se nas tarjas inseridas na grava��o, compartilhada no Facebook (1, 2, 3), Twitter (1, 2, 3), Instagram, YouTube e WhatsApp.

 

Uma busca pelos termos “pai desesperado bebe morre brasil vacina” no YouTube levou a um v�deo apontando para o mesmo contexto, publicado em janeiro de 2022, mas com o coment�rio de um usu�rio indicando que a grava��o estava dispon�vel desde 2019.

 

Pesquisas por palavras-chave na ferramenta Tweetdeck, com filtro temporal para o ano de 2019, levou a um tu�te do portal Manaus Atual, que dizia, em 17 de fevereiro daquele ano: “Esse � o v�deo de um pai desesperado que perdeu sua esposa e filha na maternidade Balbina Mestrinho. Segundo informa��es, a maternidade cometeu neglig�ncia no caso, que resultou nos �bitos”.


Esse � o v�deo de um pai desesperado que perdeu sua esposa e filha na maternidade Balbina Mestrinho.

Segundo informa��es, a maternidade cometeu neglig�ncia no caso, que resultou nos �bitos. pic.twitter.com/mAXC3xwEJ2
— Manaus Atual (@ManausAtual) February 17, 2019

Ao realizar uma nova busca, inserindo o nome da unidade de sa�de e a cidade, o Checamos encontrou reportagens veiculadas pela imprensa em fevereiro de 2019, algumas incluindo a grava��o viralizada (1, 2, 3).

“Na maternidade Balbina Mestrinho, zona sul de Manaus, um pai fala do drama vivido com a perda da esposa e da filha, que morreram durante o parto. A maior revolta � pela forma como recebeu a not�cia, tratada, segundo ele, com frieza pelo m�dico”, diz a chamada da TV Norte Amazonas, afiliada do SBT no estado.

Em sobreposi��o �s imagens da grava��o viralizada, o rep�rter narra: “Nesse v�deo, um marido se desespera ao receber a not�cia da morte da esposa e da filha. Revoltado, ele chegou a ser agredido pelos seguran�as da unidade de sa�de”.

A Secretaria de Estado de Sa�de do Amazonas confirmou ao Checamos em 22 de janeiro de 2022 que “o v�deo que circula nas redes sociais foi registrado em fevereiro de 2019, na Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus”.

Tamb�m em 22 de janeiro, a Secretaria Estadual de Sa�de da Para�ba informou � AFP que “n�o � verdadeira a informa��o de que tenha ocorrido na Para�ba” e que “nenhum efeito adverso grave em decorr�ncia da vacina foi registrado no estado”.

Vacina��o de crian�as no Brasil

O v�rus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, foi identificado no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. A primeira vacina contra a doen�a autorizada para crian�as no Brasil foi inclu�da pelo governo federal no Plano Nacional de Imuniza��es (PNI) em 5 de janeiro de 2022, ap�s a Ag�ncia de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) ter aprovado o imunizante da Pfizer para esse grupo em 16 de dezembro de 2021.

“A autoriza��o veio ap�s uma an�lise t�cnica criteriosa de dados e estudos cl�nicos conduzidos pelo laborat�rio. Segundo a equipe t�cnica da Ag�ncia, as informa��es avaliadas indicam que a vacina � segura e eficaz para o p�blico infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa”, disse a ag�ncia reguladora.

 

Em 20 de janeiro passado, a Anvisa autorizou a amplia��o da CoronaVac para crian�as e adolescentes de 6 a 17 anos.


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