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Estado de Minas CHECAMOS

Datafolha: pesquisadores n�o podem entrevistar pessoas que se voluntariam

A Associa��o Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) ressalta que ningu�m que se voluntaria responde pesquisas sobre qualquer assunto


16/09/2022 14:11 - atualizado 16/09/2022 14:11


 

Captura de tela feita em 14 de setembro de 2022 de uma publicação no Twitter
Captura de tela feita em 14 de setembro de 2022 de uma publica��o no Twitter (foto: Reprodu��o)
A metodologia do instituto Datafolha impede que uma pessoa se voluntarie a responder uma pesquisa para evitar vi�s na amostra. Apesar disso, em um v�deo reproduzido mais de 600 mil vezes desde 13 de setembro de 2022, um homem que havia se oferecido para participar acusa a pesquisadora de n�o t�-lo entrevistado por apoiar o presidente Jair Bolsonaro nas elei��es de outubro. A Associa��o Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) ressalta que ningu�m que se voluntaria responde pesquisas sobre qualquer assunto e que a escolha dos respondentes segue crit�rios t�cnicos.


'Pesquisas. Credibilidade zero', diz a legenda de uma publica��o compartilhada no Twitter com um v�deo no qual se ouve um homem questionando de maneira incisiva uma mulher que seria pesquisadora do instituto: 'Datafolha se for Bolsonaro ela n�o faz a pesquisa, t� fugindo, t� se escondendo. Se for Bolsonaro... 'eu fui colocar l� que era Bolsonaro e eles n�o aceitaram n�o'. Entendeu? Se voc� fala que � Bolsonaro ele corre �, correu, pra voc� ver a mentira, falcatrua'.

O mesmo v�deo foi enviado pelo WhatsApp ao AFP Checamos e circula no Facebook, Instagram, Telegram, Kwai e TikTok, a poucas semanas do primeiro turno das elei��es gerais no Brasil.

Sequ�ncias compartilhadas em diversas plataformas t�m o logo do TikTok e a inscri��o da conta 'israelrangel4978'. Uma busca por esse perfil levou a um v�deo no qual um homem reclama de ter tido a sua publica��o apagada e detalha a intera��o com a pesquisadora do Datafolha.

Na grava��o, ele assume que se voluntariou a participar da pesquisa: 'Eu falei pra ela: 'faz a pergunta'. Quando a gente falou que era Bolsonaro ela saiu correndo'.

No entanto, o pedido de participa��o em uma pesquisa � impedido pela metodologia do Datafolha.

'A abordagem dos entrevistados tem que ser aleat�ria, se aceitarmos pessoas que se oferecem, independentemente da posi��o pol�tica, teremos um vi�s na amostra', explicou � AFP em 14 de setembro de 2022 a diretora do instituto, Luciana Chong.

Ela confirmou que a cena viral envolve uma pesquisadora do Datafolha e que aconteceu em 13 de setembro em S�o Paulo. 'No epis�dio em quest�o, a pesquisadora foi abordada por um seguran�a de um estabelecimento comercial, na Vila Leopoldina, ap�s realizar uma entrevista em frente a este local. Esse seguran�a estava filmando a pesquisadora quando a abordou, perguntou se ela trabalhava para o Datafolha e solicitou que ela o entrevistasse', disse.

Assim, Chong reiterou que a abordagem foi correta e que, al�m do pedido de participa��o que tornaria a amostra enviesada, a funcion�ria tinha cotas de idade a cumprir, que a pessoa em quest�o n�o atenderia.

A assessoria de imprensa da Associa��o Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) explicou � AFP em 2 de agosto de 2022 que cada filiado tem seu crit�rio de aferi��o, mantendo preservados a qualidade e o alcance da amostra, e ressaltou: 'Ningu�m que se voluntaria responde pesquisa sobre qualquer assunto. A escolha dos respondentes segue crit�rios t�cnicos estabelecidos pela metodologia da pesquisa'.

Equipes do Datafolha t�m sido hostilizadas ao realizar pesquisas eleitorais. No mesmo dia em que a pesquisadora que teve a imagem difundida nas redes correu para se distanciar de ataques, outras nove intercorr�ncias foram registradas nos estados de S�o Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Maranh�o, Goi�s, Par�, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O AFP Checamos j� verificou (1, 2, 3) outros conte�dos falsos ou enganosos a respeito de pesquisas eleitorais.

 

O "Beab� da Pol�tica"

s�rie Beab� da Pol�tica reuniu as principais d�vidas sobre elei��es em 22 v�deos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e f�cil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens est�o dispon�veis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os v�deos em nossos perfis no TikTokInstagramKwai YouTube.
 


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