O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, se tivesse encontrado com o blogueiro Allan dos Santos em sua passagem pelos Estados Unidos na semana passada, teria apertado a m�o dele. Na avalia��o do presidente, o blogueiro n�o cometeu nenhum crime.
"O pessoal me processa por tudo, tudo � not�cia-crime. Um parlamentar me processando porque eu vi o Allan dos Santos nos EUA. Olha, eu n�o vi ele, se eu tivesse visto, teria apertado a m�o dele. Jamais ia denunciar. Ele n�o cometeu nenhum crime. Para o (ministro do Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, ele � criminoso. Para mim ele n�o �, ponto final", disse em entrevista � jornalista Leda Nagle nesta quarta-feira (15/6).
No s�bado (11/6), em um dos �ltimos compromissos nos Estados Unidos, Bolsonaro discursou para uma plateia de evang�licos na Igreja da Lagoinha em Orlando, na Fl�rida. Nas primeiras fileiras do evento estava o foragido internacional Allan dos Santos. O blogueiro bolsonarista tem mandado de pris�o preventiva decretada no Brasil.
Santos publicou v�deos em suas redes sociais marcando presen�a na igreja e na motociata que o presidente participou em seguida ao culto evang�lico. Nas imagens, Santos segue fazendo ofensas e provoca��es a Alexandre de Moraes.
"Xand�o (em refer�ncia ao ministro do STF Alexandre de Moraes) n�o queria que eu participasse de uma motociata no Brasil, mas olha o que Deus faz, traz a motociata aqui", disse.
Ap�s a condena��o pela Suprema Corte, ao qual expediu um mandado de pris�o preventiva contra Allan dos Santos, ele viajou para os EUA em julho de 2021. Ele � investigado no �mbito dos inqu�ritos das fake news e das mil�cias digitais, que est�o sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes acionou o Minist�rio da Justi�a para iniciar o processo de extradi��o do blogueiro bolsonarista com o mandado de pris�o. O magistrado tamb�m ordenou que a Pol�cia Federal inclua o mandado de pris�o na lista da Difus�o Vermelha da Interpol. Contudo, as autoridades norte-americanas ainda n�o consideraram as acusa��es forte suficientes para inclu�-lo no rol de procurados.