Para tentar chegar a um acordo com os trabalhadores em greve h� 16 dias, a dire��o dos Correios recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para fazer a concilia��o com os funcion�rios. A empresa instaurou o diss�dio coletivo no TST com pedido de liminar para suspens�o da greve, sob a pena de multa di�ria de R$ 100 mil.
Os Correios pedem que, no julgamento do m�rito, a greve seja considerada abusiva. A empresa requer tamb�m que, durante o movimento, os grevistas garantam o acesso de usu�rios e empregado �s unidades dos Correios, assim como a entrada e sa�da de ve�culos, e que seja impedida a realiza��o de piquetes e atos que resultem em depreda��o do patrim�nio p�blico.
Em nota, os Correios informam que a busca de concilia��o por meio do TST foi feita depois de esgotadas todas as tentativas diretas de acordo com a representa��o dos trabalhadores. “Os Correios continuam abertos ao di�logo e conclamam novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posi��o e fechar o acordo coletivo de trabalho, em benef�cio da popula��o brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa”, diz o comunicado.
A principal diverg�ncia entre a empresa e os funcion�rios � sobre o desconto dos dias parados. Ontem, a dire��o dos Correios apresentou uma proposta de descontar os dias n�o trabalhados na propor��o de um dia de greve por m�s. Mas os trabalhadores n�o aceitam o desconto e se prop�em a compensar os dias de greve com horas extras e mutir�es para colocar o servi�o em dia.
A empresa tamb�m manteve a proposta de aumento linear de R$ 80 a todos empregados, reajuste salarial e dos benef�cios em 6,87% e abono imediato de R$ 500. A reivindica��o dos trabalhadores � por um aumento linear de R$ 200, al�m de reposi��o da infla��o de 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. A categoria tamb�m exige a contrata��o imediata de todos os aprovados no �ltimo concurso p�blico dos Correios.
Para Saul da Cruz, do comando de negocia��es da Fentect, a empresa s� tomou a iniciativa de recorrer ao TST depois de muita press�o dos trabalhadores. “Eles s� chamaram a gente depois de 13 dias para fazer um acordo devido � press�o que os trabalhadores fizeram na porta da empresa”. Segundo ele, a entidade ainda n�o recebeu a notifica��o do TST para marcar a concilia��o.