Os funcion�rios dos Correios, em greve h� 23 dias, ainda acreditam em um acordo com a dire��o da estatal antes que do julgamento do diss�dio coletivo, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nessa ter�a-feira, os 35 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios nos estados e no Distrito Federal rejeitaram o acordo firmado pelo comando de greve com a empresa e decidiram permanecer em greve.
Segundo Jos� Gon�alves de Almeida, do comando de greve, os funcion�rios consideram que � poss�vel melhorar a proposta da estatal. %u201CEntendemos que [levar o diss�dio para julgamento no TST � ruim para as duas partes. Achamos que podemos chegar a uma condi��o negociada antes do dissidio%u201D. Almeida foi um dos membros do comando de greve que se op�s ao acordo firmado com a empresa sob media��o do TST. Segundo ele, os principais pontos criticados pelos grevistas est�o relacionados ao desconto dos dias parados e ao pagamento do aumento linear de R$ 80 a partir de outubro. Os trabalhadores queriam compensar os dias de greve com trabalho extra e receber o aumento retroativo a 1� de agosto, que � a data-base da categoria. O secret�rio-geral da Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Tel�grafos e Similares (Fentect), Jos� Rivaldo da Silva, tamb�m torce por um acordo, mas acha que os trabalhadores podem ter perdas se o caso parar na Justi�a do Trabalho. %u201CSempre � melhor negociar do que deixar julgar. A jurisprud�ncia do tribunal n�o � favor�vel aos trabalhadores nesses casos [de pagamento dos] dias parados por consequ�ncia de greve%u201D. Uma nova audi�ncia entre as partes est� marcada para segunda-feira (10), �s 11h, no TST. Se n�o houver um novo acordo, a ministra Cristina Peduzzi, respons�vel pelo processo, dever� distribuir o diss�dio coletivo a um dos ministros da Se��o Especializada em Diss�dios Coletivos (SDC), onde a quest�o ser� julgada. A empresa promete fazer um novo mutir�o no pr�ximo fim de semana para tentar regularizar as entregas. Com os mutir�es, j� foi poss�vel entregar cerca de 25 milh�es de cartas e encomendas em todo o pa�s e triar mais de 69 milh�es.