O c�ncer de laringe - diagnosticado no �ltimo final de semana no ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva - atinge entre 8 mil e 10 mil pessoas por ano no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do C�ncer (Inca), o c�ncer de laringe � um dos mais comuns a atingir a regi�o da cabe�a e do pesco�o, representando cerca de 25% dos tumores malignos identificados nessa �rea.
“O Inca estima em cerca de 8 mil a 10 mil casos de laringe por ano no Brasil”, diz Vartanian. “Esse n�mero, dentro do universo geral de c�ncer, n�o � muito alto. No mundo, h� uma incid�ncia m�dia de cinco casos de c�ncer de laringe para cada 100 mil homens. Em S�o Paulo, chega at� 15 casos para cada 100 mil homens. Uma m�dia muito acima da mundial.” Segundo ele, isso se deve � polui��o ambiental, um dos fatores que podem levar a esse tipo de c�ncer.
A laringe � um �rg�o respons�vel pela produ��o da voz e pela prote��o das vias respirat�rias. Por isso, segundo o m�dico, um tumor nesse �rg�o pode afetar tanto a voz, como parece ter sido o caso do ex-presidente Lula, quanto a degluti��o e a respira��o de uma pessoa. "Um tumor na regi�o das cordas vocais vai causar algum grau de disfonia, que chamamos de rouquid�o. Rouquid�es persistentes e progressivas s�o sinais de alerta para esse tipo de doen�a. Al�m de rouquid�o, a pessoa pode ter dificuldades para engolir.”
Entre os fatores que podem levar ao c�ncer de laringe est�o, al�m da polui��o ambiental, o h�bito de fumar e o consumo de bebidas alco�licas. “Todo mundo conhece casos de pessoas que fumaram a vida toda e n�o tiveram c�ncer. Obviamente n�o � s� o fator externo. Deve haver alguma pr�-disposi��o ou suscetibilidade gen�tica para ter a doen�a.”
Para evitar esse tipo de c�ncer, Vartanian destacou que � importante n�o fumar, evitar o consumo de bebidas destiladas e manter uma dieta balanceada com a ingest�o de verduras e frutas frescas.
J� o tratamento do c�ncer de laringe depende, de acordo com o m�dico, do est�gio em que a doen�a tenha sido diagnosticada. “Em fases mais iniciais da doen�a, � poss�vel fazer apenas cirurgia ou apenas a radioterapia, de forma isolada. Quando ela est� em fase mais ou menos intermedi�ria se combinam tratamentos. Pode-se fazer cirurgias ou associar quimioterapia e radioterapia, que parece que � o que vai ser feito no caso dele [Lula].”