Os policiais militares em greve que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia desde o dia 31 de janeiro come�aram a deixar o pr�dio por volta das 6h desta quinta-feira. A sa�da foi anunciada de madrugada pelo advogado Rog�rio Andrade, que defende alguns l�deres do movimento. A sa�da � feita com calma e todos est�o sendo revistados pelos militares do Ex�rcito que cercam o local desde a �ltima segunda-feira. O tenente-coronel, M�rcio Cunha, informou que uma varredura � feita no pr�dio para verificar as condi��es das instala��es.
O l�der do movimento Marcos Prisco, juntamente com outro manifestante j� foram levados para as instala��es da pol�cia do ex�rcito, em Salvador. Eles negociaram com governo a sa�da pelos fundos do pr�dio. Eles e mais 10 militares tiveram a pris�o decretada pela Justi�a. Depois de serem revistados, os policiais militares que n�o t�m mandado de pris�o, entram em seus pr�prios carros para ir embora.
Negocia��o
governo da Bahia prop�s aos militares, em reuni�o na tarde da �ltima ter�a-feira, o pagamento da Gratifica��o por Atividade Policial (GAP) conforme acordada no movimento grevista de 2001, ou seja, de forma escalonada at� 2015. “A proposta � centrada no objetivo principal de estabelecer uma pol�tica de mobilidade no avan�o entre os n�veis da GAP at� chegar ao quinto e �ltimo n�vel da gratifica��o criada em 1997. Tamb�m est� inserida na proposta uma medida de valoriza��o do soldo com a incorpora��o de R$ 41,00 da GAP 3”, diz a nota publicada no site do governo.
No entanto, o acordo n�o foi aceito pelos grevistas. Eles reivindicam que o pagamento das gratifica��es seja feita de uma vez s�, e n�o at� 2015. A proposta apresentada tamb�m prev� a n�o puni��o administrativa dos policiais grevistas. “O governo do estado tamb�m resolveu desconsiderar, pela via legal, como infra��o administrativa disciplinar as situa��es que envolvam, exclusivamente, a paralisa��o pac�fica do servi�o durante o per�odo do movimento”, diz a nota.
Popula��o com medo
A greve dos PMs na Bahia come�ou em 31 de janeiro e o governo do estado solicitou aux�lio da For�a Nacional de Seguran�a e do Ex�rcito para fazer o patrulhamento nas ruas e cercar o pr�dio da Assembleia, que havia sido tomado pelos grevistas. Desde o in�cio da greve, o n�mero de homic�dios cresceu rapidamente, deixando a popula��o e os turistas que visitam o estado frequentemente assustados.
Por causa da greve, as aulas est�o suspensas nas escolas p�blicas e privadas, em alguns bairros, lojas de eletrodom�sticos, alvo preferido dos saqueadores, est�o fechadas. Cerca de 120 pessoas foram assassinadas desde o in�cio da paralisa��o.