O secret�rio de Seguran�a P�blica do Rio de Janeiro, Jos� Mariano Beltrame, afirmou que n�o teme a propaga��o da greve de policiais militares da Bahia e garantiu que o carnaval carioca n�o corre risco de ser atingido por eventuais motins. "A seguran�a do carnaval est� garantida", enfatizou. Ele disse que as negocia��es com os policiais cariocas chegaram a bom termo e lembrou que o Estado tem um protocolo, firmado desde os Jogos Panamericanos de 2007 com as For�as Armadas e a Pol�cia Federal, que garante a seguran�a p�blica em grandes eventos na cidade.
"Esse protocolo est� sendo apresentado neste momento ao Comando Militar do Leste", disse Beltrame. "O nosso foco � o interesse p�blico, a manuten��o da paz e da seguran�a do estado do Rio e assim vai ser feito", acrescentou. Ele explicou que, por for�a do protocolo, todas as institui��es ligadas direta ou indiretamente com a seguran�a p�blica estar�o mobilizadas para atuar de forma integrada no Rio durante todo o per�odo carnavalesco.
Ele disse que a popula��o do Rio, tanto quanto a da Bahia "n�o merecem" ser prejudicadas por greves de policiais, nem privadas de sua festa mais tradicional. "N�s temos um protocolo de a��es que est� sendo estudado e se n�s tivermos de startar (deflagrar) n�s vamos startar, no sentido de garantir a paz, a tranquilidade e a manuten��o da seguran�a no estado".
Beltrame deu as declara��es ap�s reuni�o com o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), na qual o Col�gio Nacional de Seguran�a P�blica entregou ao Congresso documento com propostas de mudan�as no C�digo Penal para aprimorar o trabalho policial no combate � viol�ncia. As propostas incluem exig�ncia de exame criminol�gico para progress�o de pena de quem comete crime hediondo; criminaliza��o das mil�cias privadas e tipifica��o de alguns delitos n�o contemplados no C�digo Penal, que � de 1940, como fraudes eletr�nicas.
Sobre a grava��o em que o cabo bombeiro do Rio, Benevenuto Daciolo, incita os colegas baianos em greve a atos criminosos, Beltrame disse que o caso foi resolvido dentro da lei. "A pris�o foi uma decis�o t�cnica do corpo de bombeiros, observada dentro da lei", explicou. O secret�rio ressalvou que a corpora��o parte da Defesa Civil e n�o integra as institui��es subordinadas � sua secretaria.
Ele n�o v� risco de que o radicalismo da greve baiana e sua conex�o com l�deres policiais do Rio venha a contagiar a categoria no Estado. "Qualquer problema que n�s tenhamos, a gente se resolve com di�logo e ordem", disse ele. "Eu confio no bom senso dos policiais (do Rio)", refor�ou. O secret�rio lembrou que o acordo salarial com a categoria, firmado desde 2007, prev� uma reposi��o de 120% at� 2014, porcentual bem acima da infla��o estimada de 6% ao ano. "O que est� sendo dado a eles � um reconhecimento".