Bras�lia – Os trabalhadores da Usina Hidrel�trica de Belo Monte paralisaram, nesta segunda-feira, as atividades no canteiro de obras. Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores nas Ind�strias da Constru��o Pesada do Estado do Par� (Sintrapav), descontente com o rumo das negocia��es, j� havia anunciado a greve.
Dos cerca de 7,7 mil trabalhadores, apenas 850 est�o cumprindo expediente nos servi�os considerados essenciais para os alojamentos nos cinco canteiros da obra – principalmente nas �reas de sa�de, �gua e esgoto, seguran�a patrimonial, alimenta��o, al�m de alguns eletricistas e pedreiros. Segundo o Cons�rcio Construtor Belo Monte (CCBM), a manuten��o desses servi�os b�sicos “� uma exig�ncia legal”.
No in�cio da manh� de hoje, os trabalhadores fizeram uma barricada no acesso ao Travess�o 27, local que liga a Rodovia Transamaz�nica � estrada de terra para os s�tios Pimental e Canais e Diques. Segundo o vice-presidente do Sintrapav, Roginel Gobbo, os trabalhadores fizeram barricadas, mas os servi�os essenciais foram mantidos.
“Fizemos algumas barricadas, mas apenas para explicar aos trabalhadores o que estava acontecendo. N�o impedimos ningu�m de trabalhar, mas deixamos clara a necessidade de eles aderirem � greve, at� porque ela foi votada e decidida por eles. Al�m disso, pedimos ao CCBM que identificasse os �nibus que transportariam os funcion�rios respons�veis pelos servi�os essenciais. N�o houve nenhuma obje��o a eles serem levados aos canteiros”, acrescentou o sindicalista.
“Estamos abertos � negocia��o e aguardamos a manifesta��o do CCBM. Qualquer movimenta��o deles, no sentido de atender nossas propostas, pode interromper a greve”, disse Gobbo. A empresa, no entanto, disse que, “a princ�pio, n�o dever� haver negocia��o com o sindicato”, nesse primeiro dia de greve. O cons�rcio deve divulgar ainda hoje uma nota sobre a paralisa��o dos trabalhadores.