Testes feitos pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) comprovaram que a maioria das pr�teses mam�rias de silicone da marca francesa PIP (Poly Implants Prothese) usadas no Brasil apresentaram maior facilidade de ruptura, mas n�o s�o t�xicas. Das 306 amostras de implantes importados da marca analisada, 41% foram reprovadas no exame de resist�ncia. Os testes revelaram ainda o uso de silicone de composi��es diferentes, alguns n�o autorizados pela Vigil�ncia Sanit�ria e com alto risco de vazar. O gel usado nos produtos da PIP, no entanto, n�o era t�xico, conforme constatou a Anvisa. %u201CAs pr�teses se rompem al�m do que � esperado%u201D, informou o diretor-presidente da ag�ncia reguladora, Dirceu Barbano. Os resultados obtidos pela Anvisa s�o semelhantes aos anunciados pelo Servi�o Brit�nico de Sa�de (NHS, na sigla em ingl�s) no m�s passado, indicando que os implantes da marca n�o oferecem riscos � sa�de. H� dois anos, houve den�ncias de que os produtos da PIP usariam silicone industrial, teriam alto risco de rompimento e poderiam causar c�ncer. Na �poca, em v�rios pa�ses, como na Fran�a, onde ficava a sede da empresa, mulheres foram orientadas a retirar as pr�teses da marca. No ano passado, a Justi�a decretou a pris�o do dono da PIP.
Diante do esc�ndalo mundial, a Anvisa proibiu a importa��o e a venda das pr�teses mam�rias da PIP. Ficou acertado que o Sistema �nico de Sa�de (SUS) e os planos de sa�de deveriam custear a troca dos implantes rompidos. A partir da�, empresas e importadoras interessadas em vender silicone mam�rio no Brasil deveriam ter um selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Na semana passada, o Inmetro concedeu a primeira certifica��o a um fabricante nacional, a Lifesil, localizada no Paran�. MULTA Barbano disse que a Anvisa vai recorrer a tribunais no pa�s e no exterior para obter ressarcimento de empresas que importavam e comercializavam as pr�teses e tamb�m aplicar multa de at� R$ 1,5 milh�o. A Anvisa gastou R$ 740 mil para fazer o teste. Os produtos da PIP eram comercializados no Brasil desde 2005. No pa�s, 25 mil pessoas usam pr�teses mam�rias da empresa. Nos �ltimos dois anos, a ag�ncia recebeu 674 reclama��es referentes a implantes mam�rios. Desse total, 150 eram relativos � ruptura do implante com pr�teses da PIP e da Rofil. No total, 18 f�bricas t�m autoriza��o para comercializar pr�teses mam�rias de silicone no pa�s, sendo duas nacionais. Desde o in�cio da pol�mica com a PIP, 15 fabricantes foram inspecionadas por t�cnicos da Anvisa, incluindo as duas nacionais. A Anvisa n�o fez testes de implantes da marca holandesa Rofil, que tamb�m usava o mesmo tipo de silicone da PIP, pois o importador n�o tinha mais exemplares da marca em estoque.