Ap�s dez anos de pesquisa, um estudo da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade da Calif�rnia (Ucla) – feito na �frica do Sul, Argentina, nos Estados Unidos e no Brasil – aponta que a combina��o de dois ou tr�s antirretrovirais diminui o risco de m�es portadoras do v�rus HIV contaminarem seus beb�s rec�m-nascidos.
O protocolo, at� ent�o adotado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) para evitar a chamda transmiss�o vertical, quando o v�rus vai da m�e para o beb� durante a gesta��o, era iniciar o tratamento do rec�m-nascido com o antirretroviral AZT em at� 48 horas depois do parto. Essa medida reduz o risco de contamina��o da crian�a para 5%.
Uma das coordenadoras gerais da pesquisa, a m�dica infectologista Valdil�a Veloso, diretora do Instituto de Pesquisa Cl�nica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), explica que participaram do estudo mulheres que n�o sabiam da condi��o de soropositivas durante a gesta��o e descobriram a doen�a pouco antes do parto. Portanto, n�o foram tratadas com o AZT durante a gravidez.
“Para essas crian�as cujas m�es s�o diagnosticadas muito tardiamente, dando uma combina��o de medicamentos, em parte, compensa-se o tratamento da m�e que n�o foi feito. Assim, se consegue proteger melhor essas crian�as”, explicou Valdil�a Veloso.
A pesquisa foi feita com 1.684 crian�as, separadas em tr�s grupos. O primeiro foi tratado apenas com o AZT. O segundo grupo recebeu AZT e nevirapina. E o terceiro grupo recebeu AZT, nelfinavir e lamivudina. Em todos os casos, a primeira dose foi ministrada nas primeiras 48 horas de vida da crian�a e o tratamento durou seis semanas.
O resultado mostrou que 140 beb�s foram contaminados antes do tratamento, sendo 97 durante a gesta��o e 43 no parto. Tr�s meses depois do tratamento, 4,8% dos beb�s que tomaram apenas AZT tinham sido contaminados. Entre os que receberam dois medicamentos, o �ndice caiu para 2,2% e, entre os que tomaram a combina��o de tr�s antirretrovirais, a taxa de contamina��o ficou em 2,8%, sendo essa terapia a mais t�xica.
A pesquisadora lembra que filhos de m�es soropositivas tratadas durante a gesta��o j� apresentam menos de 1% de chance de serem contaminados. Sem o tratamento, o risco chega a 25% e sobe para 40% no caso da m�e amamentar a crian�a.
Valdil�a Veloso lembra que o protocolo de preven��o e tratamento da aids no Brasil existe desde 1994, mas nem sempre � seguido. “Infelizmente, nem todas fazem o pr�-natal, nem todas que fazem o pr�-natal fazem o teste, nem todas que fazem o teste recebem o resultado a tempo de serem medicadas, nem todas que s�o indicadas para o tratamento d�o continuidade ao tratamento durante o pr�-natal. Ent�o, a gente vai perdendo um pouquinho em cada etapa. E o mais grave � que, infelizmente, em uma parte das mulheres, ainda, o diagn�stico � feito ali, na hora que ela chega na maternidade j� em trabalho de parto”.
A pesquisa foi publicada na revista cient�fica The New England Journal of Medicine, em junho. De acordo com a m�dica, os padr�es de tratamento no mundo j� mudaram com base nesses resultados, sendo recomendados oficialmente pela OMS e adotados nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.
O protocolo, at� ent�o adotado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) para evitar a chamda transmiss�o vertical, quando o v�rus vai da m�e para o beb� durante a gesta��o, era iniciar o tratamento do rec�m-nascido com o antirretroviral AZT em at� 48 horas depois do parto. Essa medida reduz o risco de contamina��o da crian�a para 5%.
Uma das coordenadoras gerais da pesquisa, a m�dica infectologista Valdil�a Veloso, diretora do Instituto de Pesquisa Cl�nica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), explica que participaram do estudo mulheres que n�o sabiam da condi��o de soropositivas durante a gesta��o e descobriram a doen�a pouco antes do parto. Portanto, n�o foram tratadas com o AZT durante a gravidez.
“Para essas crian�as cujas m�es s�o diagnosticadas muito tardiamente, dando uma combina��o de medicamentos, em parte, compensa-se o tratamento da m�e que n�o foi feito. Assim, se consegue proteger melhor essas crian�as”, explicou Valdil�a Veloso.
A pesquisa foi feita com 1.684 crian�as, separadas em tr�s grupos. O primeiro foi tratado apenas com o AZT. O segundo grupo recebeu AZT e nevirapina. E o terceiro grupo recebeu AZT, nelfinavir e lamivudina. Em todos os casos, a primeira dose foi ministrada nas primeiras 48 horas de vida da crian�a e o tratamento durou seis semanas.
O resultado mostrou que 140 beb�s foram contaminados antes do tratamento, sendo 97 durante a gesta��o e 43 no parto. Tr�s meses depois do tratamento, 4,8% dos beb�s que tomaram apenas AZT tinham sido contaminados. Entre os que receberam dois medicamentos, o �ndice caiu para 2,2% e, entre os que tomaram a combina��o de tr�s antirretrovirais, a taxa de contamina��o ficou em 2,8%, sendo essa terapia a mais t�xica.
A pesquisadora lembra que filhos de m�es soropositivas tratadas durante a gesta��o j� apresentam menos de 1% de chance de serem contaminados. Sem o tratamento, o risco chega a 25% e sobe para 40% no caso da m�e amamentar a crian�a.
Valdil�a Veloso lembra que o protocolo de preven��o e tratamento da aids no Brasil existe desde 1994, mas nem sempre � seguido. “Infelizmente, nem todas fazem o pr�-natal, nem todas que fazem o pr�-natal fazem o teste, nem todas que fazem o teste recebem o resultado a tempo de serem medicadas, nem todas que s�o indicadas para o tratamento d�o continuidade ao tratamento durante o pr�-natal. Ent�o, a gente vai perdendo um pouquinho em cada etapa. E o mais grave � que, infelizmente, em uma parte das mulheres, ainda, o diagn�stico � feito ali, na hora que ela chega na maternidade j� em trabalho de parto”.
A pesquisa foi publicada na revista cient�fica The New England Journal of Medicine, em junho. De acordo com a m�dica, os padr�es de tratamento no mundo j� mudaram com base nesses resultados, sendo recomendados oficialmente pela OMS e adotados nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.