S�o Paulo – O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que os suspeitos que n�o reagiram � abordagem da Rota, o grupo de elite da Pol�cia Militar do estado, na noite de ter�a-feira, est�o vivos. No confronto com os policiais, em V�rzea Paulista, a 54 quil�metros de S�o Paulo, nove suspeitos morreram durante um “tribunal do crime” organizado por traficantes para julgar um homem acusado de estupro. “Quem n�o reagiu est� vivo. Em um carro com quatro suspeitos, dois reagiram e os outros dois est�o vivos porque se entregaram”, afirmou Alckmin.
Ontem, os cinco suspeitos presos depois de troca de tiros com a pol�cia foram transferidos para o Centro de Deten��o Provis�ria de Jundia�, no interior de S�o Paulo. A pol�cia chegou ao local do “julgamento” na tarde de ter�a-feira, depois de o setor de intelig�ncia da Rota receber den�ncia an�nima. Segundo a PM, oito dos nove mortos participavam do “tribunal”.
O comandante da Pol�cia Militar, Roberval Fran�a, informou que com a chegada da PM sete criminosos tentaram fugir em dois carros. Eles foram perseguidos e houve confronto. Em um dos tiroteios, foram mortos dois suspeitos e um foi preso. Em outro ponto foram presos dois e os outros dois mortos.
J� no local onde ocorria o “tribunal do crime” ocorreu outro confronto, que resultou na morte de outros quatro suspeitos. O corpo do homem acusado de estupro foi encontrado baleado tamb�m. Nenhum dos 40 policiais que participaram da a��o se feriu. A Secretaria de Seguran�a P�blica afirmou que apenas um dos suspeitos mortos no confronto n�o tinha passagem pela pol�cia.
O n�mero de mortos na opera��o foi o maior em uma a��o da pol�cia paulista desde junho de 2006, quando 13 suspeitos, acusados de liga��o com uma fac��o criminosa tamb�m, foram mortos pela Pol�cia Civil em S�o Bernardo do Campo, no Grande ABC. Na ocasi�o, a informa��o era que o grupo faria um ataque a agentes penitenci�rios. O caso ocorreu no auge dos atentados da fac��o criminosa a policiais e unidades de seguran�a p�blica em S�o Paulo.
ALUGUEL
O candidato a vereador de V�rzea Paulista Benedito Nechita (PSC), disse ontem que teme n�o se eleger depois de descobrir que ach�cara que alugou foi usada para o “tribunal do crime”. Ele afirmou que tem tamb�m uma casa na regi�o e que sempre alugou os im�veis, mas, nesse caso, s� descobriu que os locat�rios eram criminosos depois da a��o policial. O candidato disse ainda que toda a sua fam�lia est� sofrendo com ele por causa do epis�dio. “Minha m�e est� doente, eu estou com press�o alta”, afirmou.
Os diret�rios nacional e regional do PSC informaram que o partido n�o vai se pronunciar sobre o caso. O presidente do diret�rio local, Osmar Donizete da Silva, disse que o caso foi isolado e que a legenda apenas lamenta o ocorrido e que n�o dar� continuidade ao fato.