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Estado de Minas

Em protesto, �ndios cobrem gramado da Esplanada dos Minist�rios com cruzes


postado em 19/10/2012 14:59

Rose Cabrera Kaiowá e Elizeu Lopes Guarani- Kaiowá colocam cruzes, simbolizando os mortos, marcando o protesto em frente ao Congresso Nacional(foto: Wilson Dias/ABr)
Rose Cabrera Kaiow� e Elizeu Lopes Guarani- Kaiow� colocam cruzes, simbolizando os mortos, marcando o protesto em frente ao Congresso Nacional (foto: Wilson Dias/ABr)

Cinco mil cruzes foram colocadas nesta sexta-feira no gramado da Esplanada dos Minist�rios, pr�ximo ao Congresso Nacional. O protesto, organizado por comunidades ind�genas e entidades de defesa desses povos, simboliza �ndios mortos e amea�ados, especialmente os guaranis kaiow�s, de Mato Grosso do Sul, que hoje � a etnia que mais sofre com a viol�ncia fundi�ria, segundo os organizadores. Os ind�genas tamb�m reivindicam a homologa��o e demarca��o das terras.

Segundo o Conselho Indigenista Mission�rio (Cimi), entidade ligada � Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foram assassinados no pa�s 503 �ndios entre 2003 e 2011. Do total, mais da metade, 279 s�o do povo Guarani Kaiow�.

“Precisamos que o Estado tome as iniciativas adequadas que s�o de direito e dever do Estado brasileiro para a prote��o f�sica das pessoas, dos indiv�duos guaranis kaiow�s e, especialmente, tome as iniciativas estruturantes no sentido de implementar suas terras tradicionais e assim, superar os conflitos naquela regi�o”, explicou o secret�rio do Cimi, Cleber Buzatto.

Na semana passada, depois de serem amea�ados de expuls�o por uma decis�o da Justi�a Federal de Navira�, em Mato Grosso do Sul, os 170 �ndios - que h� um ano est�o acampados na Fazenda Cambar�, �s margens do Rio Hovy, no munic�pio de Navira� - divulgaram uma carta, na qual pedem que o governo e Justi�a Federal n�o decretem a ordem de despejo.

“Estamos fazendo esse ato para dizer que muitas lideran�as j� foram mortas, derramaram sangue pelas suas terras, mas n�o queremos mais isso. J� decidimos coletivamente, n�o vamos sair das terras porque n�s n�o temos para onde ir”, disse o l�der ind�gena, Eliseu Lopes.

Procurada pela Ag�ncia Brasil, a Funda��o Nacional do �ndio (Funai) n�o se manifestou at� a publica��o.


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