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Estado de Minas

A��o na Cracol�ndia busca convencimento do dependente para interna��o


postado em 21/01/2013 17:30 / atualizado em 21/01/2013 17:39

(foto: Marcelo Camargo/ABr)
(foto: Marcelo Camargo/ABr)

S�o Paulo
– A abordagem aos dependentes qu�micos que circulam pela regi�o da Cracol�ndia na capital paulista, feita por volunt�rios da Miss�o Bel�m, uma entidade que tem conv�nio com o governo estadual, vai priorizar o convencimento do usu�rio de drogas. Segundo Eliezer Dias, coordenador da Miss�o Bel�m, os dependentes atendidos s� ser�o levados ao Centro de Refer�ncia de �lcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) para poss�vel interna��o involunt�ria, quando corresponderem a casos muito graves.

Nesta segunda-feira, os volunt�rios da entidade conseguiram convencer dez dependentes, entre eles uma adolescente de 16 anos, que precisou ser carregada. Eles estavam na Pra�a J�lio Prestes, regi�o central da cidade. De acordo com o coordenador da Miss�o Bel�m, o n�mero de pessoas levadas para a interna��o costuma ser maior, uma m�dia de 20 por dia.

Para Eliezer, a presen�a da imprensa hoje e a falta de informa��es atrapalharam a a��o de convencimento, que tamb�m � feita por agentes municipais de sa�de. “Porque eles [dependentes] imaginam que as pessoas v�o chegar com inje��o e dar inje��o neles. Que a pol�cia vai pegar. Eles est�o esperando s� o ataque. Eles [dependentes] falaram que v�o revidar”, relata.

Eliezer explica que, desde o in�cio do conv�nio firmado entre a entidade e o governo do estado em dezembro do ano passado, foram retiradas da Cracol�ndia em torno de 500 pessoas. “O nosso diferencial, para a gente conseguir tirar 20 pessoas por dia, � que n�s tivemos as mesmas dificuldades que eles. Muitos de n�s estivemos nessa situa��o, passamos por um tratamento e hoje estamos aqui, trabalhando”, explica. A entidade existe h� 7 anos e tem capacidade para atender 1,5 mil dependentes qu�micos, divididos entre 113 casas no estado de S�o Paulo.

Eliezer se mostrou contr�rio � medida de interna��o involunt�ria ou compuls�ria, estabelecida por meio da parceria do governo estadual e do Poder Judici�rio. “N�s s� trabalhamos com o convencimento. Acho que nada for�ado d� certo. Se a pessoa n�o quiser, n�o vai dar certo. A pessoa vai ficar seis meses, e a�? E quando ela sair? [Ap�s] s� tomar rem�dio, ela pode sair muito mais descontrolada do que estava”, disse.

(foto: Marcelo Camargo/ABr)
(foto: Marcelo Camargo/ABr)
A abordagem dos volunt�rios, explica o coordenador, � feita de maneira sutil. “A gente consegue falar a mesma l�ngua que eles, vai falando sobre futebol, sobre alguma coisa interessante, at� chegar no ideal, que � a fam�lia. Quando a gente fala dos filhos, da mulher, dos pais, da m�e, eles costumam chorar e falar que n�o tem mais jeito. Mas a� gente mostra o contr�rio, come�a a incentivar, para se recuperar, arrumar um trabalho, deixar Deus guiar a vida deles”, disse.

Um dos usu�rios que aceitaram ser levados hoje pela entidade foi Alex Sandro Lima Costa, de 23 anos, ajudante geral. Usu�rio de crack, coca�na, maconha e �lcool, Alex frequenta a Cracol�ndia h� 12 anos. Ele conta que tentou parar de usar drogas diversas vezes e que chegou a tentar suic�dio sete vezes.

Alex reconhece a import�ncia da interna��o, mas defende que ela ocorra de forma apenas volunt�ria. “Eu n�o concordo com isso [interna��o compuls�ria], porque se a pessoa n�o for porque ela quer, ela n�o vai conseguir nada. Agora, se ela for por conta pr�pria, at� que ela consegue parar com as drogas”, disse.


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