
A Pol�cia Civil fez nesta quarta-feira (30) uma reconstitui��o do inc�ndio da Boate Kiss, ocorrido na madrugada de domingo (27). Testemunhas indicaram aos policiais o local exato onde o fogo come�ou – no teto sobre o palco onde estava o vocalista da banda – e relataram que o extintor de inc�ndio usado por um dos m�sicos n�o funcionou.
Veja imagens da boate ap�s o inc�ndio
Al�m da reconstitui��o, tamb�m foram ouvidas 14 pessoas pela pol�cia. Os depoimentos mostraram que a fuma�a preta tomou toda a boate no prazo de 40 segundos a um minuto, impedindo as pessoas de enxergarem.
Os funcion�rios que prestaram depoimento disseram ainda que nunca receberam nenhum tipo de treinamento contra inc�ndio, e que na noite da trag�dia foram preparadas mil comandas para o p�blico, acima da capacidade da casa, de 691 pessoas. No entanto, ainda n�o se sabe se todas foram usadas.
Um dos funcion�rios disse que ele pr�prio instalou a espuma isolante no local, utilizada como prote��o ac�stica desde meados de 2012. H� ind�cios, segundo a pol�cia, de que o material usado n�o era adequado e durante a queima produziu gases t�xicos, que provocaram as mortes. Segundo as investiga��es, ainda n�o h� comprova��o de que as autoridades tenham sido avisadas da instala��o do produto.
O advogado Jader Marques, que representa Elissandro Callegaro Spohr - um dos s�cios da Boate Kiss -, disse hoje que o cliente contou com a assessoria de especialistas para comprar a espuma. Ele n�o informou, no entanto, os nomes dos profissionais e nem se a boate comunicou � prefeitura ou aos bombeiros a instala��o do produto.
“Na verdade, tudo que estiver fora do plano t�cnico da boate, porque � um estabelecimento que vai receber o p�blico, ele tem que obedecer ao plano aprovado pelo bombeiro, e pela prefeitura. Tudo que est� fora disso eu diria que � amador, � irregular”, disse o delegado Arigony.
De acordo com o delegado, existem ind�cios de que a casa nortuna estava com p�blico acima do permitido. Em entrevista, o secret�rio de sa�de da cidade informou que foram feitos 500 atendimentos (nos hospitais) no dia da trag�dia. "Quinhentos [atendimentos] mais duzentos e tantos [mortos}, a capacidade era 691, ent�o j� extrapolou”, ressaltou Arigony.