
O julgamento do seminarista Gil Rugai, acusado de matar a tiros o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de F�tima Troitino, em 28 de mar�o de 2004, entra no terceiro dia, nesta quarta-feira. Segundo o Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, est�o previstos os depoimentos de oito testemunhas de defesa, mas n�o � poss�vel confirmar se todas ser�o ouvidas hoje, pois isso depender� do tempo de fala de cada um. Tamb�m est� previsto para hoje o depoimento de pelo menos uma testemunha testemunha arrolada pelo juiz do caso, Ad�lson Simoni.
�nico suspeito do crime, o r�u ficou dois anos e meio preso, depois que provas periciais e o testemunho de um vigia noturno da rua onde o pai morava com a mulher indicaram a sua presen�a no local do crime, uma mans�o em Perdizes, na zona oeste. Ela foi atingida por cinco tiros e ele, por quatro.
Durante julgamento nessa ter�a-feira, os advogados de defesa tentaram desacreditar uma das principais testemunhas de acusa��o contra Gil Rugai e, ao mesmo tempo, convencer os jurados de que existia um outro motivo para algu�m querer matar Luiz Carlos Rugai e Alessandra Troitino. Eles partiram para o ataque contra o instrutor de voo Alberto Bazaia Neto. Ele foi vinculado a esc�ndalos relacionados ao tr�fico internacional de drogas.
Para a acusa��o, a tentativa de associar o caso ao tr�fico trata-se de uma estrat�gia de “baixo n�vel”, que tem como objetivo tirar o foco do julgamento. O promotor de justi�a Rog�rio Zagallo destacou que a testemunha � importante para o j�ri por ter ouvido de Luiz Carlos um desabafo sobre o filho dias antes do crime: “Luiz Carlos contou a ele (Alberto) que tinha medo do filho e que teria ouvido de Gil a seguinte frase: ‘Pai me ajuda, na minha cabe�a s� penso em te prejudicar’”, destacou o promotor.
J�ri
O futuro de Gil Rugai ser� decidido por um grupo formado por engenheiro, banc�rio, funcion�rio do Banco Central, contador, diretor de escola, funcion�rio p�blico e assistente de Recursos Humanos. A rela��o tem cinco homens e duas mulheres, na faixa et�ria dos 20 aos 50 anos.
O n�vel profissional dos escolhidos tornar�, segundo especialistas, a decis�o pela absolvi��o ou condena��o do r�u mais t�cnica e embasada nos fatos colhidos em todo o processo. Para o jurista Luis Fl�vio Gomes, trata-se de um j�ri diferenciado. “Essas pessoas n�o ser�o facilmente enganadas. Tanto a acusa��o como a defesa v�o ter trabalho para emplacar suas teses”, disse.
(Com ag�ncias)