
O quarto dia do julgamento do seminarista Gil Rugai come�a com a expectativa do interrogat�rio do r�u. Ele � acusado de matar a tiros o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de F�tima Troitino, em 28 de mar�o de 2004, em S�o Paulo. Antes dele, por�m, o juiz ouvir� o depoimento de pelo menos uma testemunha do ju�zo. Ainda est� sendo decidida a participa��o de outras duas testemunhas.
Quase nove anos ap�s a morte do pai e da madrasta, Gil finalmente vai contar sua vers�o. Ele deve dizer que n�o trabalhava nas finan�as da produtora de v�deos do pai na �poca do crime, que n�o brigou com ele dias antes da morte e que � inocente.
No plen�rio, defesa e acusa��o se dividir�o entre dois perfis: o jovem pacato, que amava o pai e est� no banco dos r�us apenas por ser esquisito, e o filho perigoso, com alto poder de persuas�o que premeditou o crime por dinheiro.
Classificado como esquisito pelos pr�prios defensores, Gil guardava, na �poca do crime, seringas com sangue em seu quarto. Os objetos foram apreendidos pela pol�cia com s�mbolos nazistas, uma nota fiscal que revelava a compra de um coldre - esp�cie de cinto usado para segurar armas - e c�psula de bala compat�vel com a pistola usada para assassinar as v�timas, uma semiautom�tica calibre 380.
Todos esses elementos ser�o citados pela acusa��o para definir o perfil do r�u. O promotor Rog�rio Zagallo deve discorrer sobre o fato de Gil ter criado, meses antes do crime, uma empresa que concorreria com a do pai.
(Com Ag�ncia Estado)