Tuberculose infectou beb�s em maternidade em SP

A Secretaria de Sa�de de Campinas (SP) concluiu nesta quinta-feira os exames em mais de 1 mil crian�as que nasceram entre janeiro e junho de 2012, na ala 3 da maternidade do hospital Madre Theodora. Elas tiveram contato direto ou indireto com uma t�cnica em enfermagem que estava com tuberculose.

Os resultados dos exames v�o mostrar que pelo menos 107 beb�s foram contaminados dentro do hospital particular - incluindo os tr�s primeiros rec�m-nascidos que apresentaram a doen�a e desencadearam a triagem.

Os n�meros v�o confirmar o caso como o maior surto de transmiss�o do bacilo em uma maternidade com registro na literatura m�dica mundial e o segundo do mundo - o primeiro foi registrado na It�lia, em 2004.

Do total de rec�m-nascidos que foram contaminados com o bacilo de Koch, pelo menos 17 desenvolveram a doen�a e est�o em tratamento com antibi�ticos por seis meses. Outros 90 est�o infectados, mas a doen�a n�o se manifestou, casos chamados de infec��o latente. Para esses, o tratamento � mais curto.

A tuberculose � uma doen�a infecciosa que tem cura. Em rec�m-nascidos, tanto o diagn�stico como o tratamento s�o mais dif�ceis. Transmitida pela bact�ria Mycobacterium tuberculosis, o Bacilo de Koch, ela � uma doen�a conhecida por afetar principalmente os pulm�es, mas tamb�m pode atingir outros �rg�os do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o c�rebro).

Uma das caracter�sticas mais comuns para identifica��o da tuberculose em adultos � tosse com dura��o superior a tr�s semanas. Em beb�s, n�o h� tosse. Sintomas como febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, comuns nos adultos, tamb�m n�o aparecem nas crian�as. Geralmente elas apresentam problemas pulmonares, que s�o tratados e retornam, e t�m dificuldades de ganho de peso.

No caso registrado na It�lia, o �ndice de crian�as com infec��o latente foi de 8% para aquelas que tiveram contato com o foco de transmiss�o. No Madre Theodora, 354 crian�as tiveram contato direto com o foco da transmiss�o, a t�cnica de enfermagem. Em outubro, um balan�o parcial divulgado pela coordenadora do programa de tuberculose da prefeitura de Campinas, Maria Alice Satto, indicava que de 166 crian�as analisadas, 13 tinha infec��o latente - o equivalente a 7,8%. A estimativa era que 1 3 mil crian�as seriam analisadas.