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Estado de Minas

Pais lembram dois anos do massacre de Realengo

Atirador entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, zona Oeste do Rio, matou 12 alunos e feriu dez


postado em 07/04/2013 15:56 / atualizado em 07/04/2013 16:01

(foto: Jadson Marques/Folhapress)
(foto: Jadson Marques/Folhapress)

Os dois anos do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona Oeste do Rio, que resultou na morte de 12 alunos e feriu dez, foram lembrados hoje (7), em uma missa na Igreja Nossa Senhora de F�tima Jo�o de Deus, no mesmo bairro. O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, teve um encontro com os pais, antes da missa, celebrada pelo coordenador da Pastoral das Favelas, Monsenhor Luiz Ant�nio

A presidente da Associa��o Anjos de Realengo, Adriana Maria Macedo, m�e da aluna Luiza Paula, uma das v�timas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, disse que a missa � um conforto para os cora��es dos pais. "Pra gente � muito gratificante saber como estas crian�as foram amadas. As pessoas n�o esqueceram nenhum minuto do que aconteceu", comentou.

Ap�s a celebra��o as fam�lias sa�ram em caminhada at� a escola. L�, artistas do grafite fizeram desenhos de crian�as no muro simbolizando a reconstru��o de uma escola que precisa de seguran�a. "Acho que as escolas t�m que ter seguran�a. O que mais me deixa indignada � que depois de tudo o que aconteceu, nada mudou. As escolas continuam sem seguran�a. Pra mim errou antes, durante e depois. Depois, por que ningu�m fez nada. Antes, por que chegou ao ponto que chegou. Eu tive que perder minha filha dentro da escola. Hoje eu transformei meu luto em luta. O que eu mais quero � ver que as autoridades tomaram provid�ncias, porque at� hoje nada foi feito", disse Adriana.

H� dois anos o atirador, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que tinha sido aluno da escola, entrou armado no col�gio. Sem levantar suspeitas, ele se identificou como palestrante e come�ou os disparos passando pelos corredores e salas de aula. Em carta escrita antes do massacre, falava que cometeria os disparos porque as crian�as estavam impuras. De acordo com testemunhas da �poca, Wellington tinha problemas de relacionamento com colegas na escola e sofria bullying.

O document�rio Armados dirigido pelo cineasta Rodrigo Mac Niven e produzido por Paula Xexeo vai ser exibido na tarde deste domingo no sal�o da Igreja Presbiteriana, que fica em frente a Tasso da Silveira. Paula contou que o filme trata, dentre outros pontos, do desarmamento e teve como consultor o soci�logo Ant�nio Rangel, do Movimento Viva Rio. "A gente decidiu colocar a hist�ria de Realengo para representar a consequ�ncia da arma de fogo, pois no fim das contas a arma � para matar e veio para representar todas as v�timas neste filme", contou Paula.

Para encerrar os atos que marcam os dois anos da trag�dia, as fam�lias organizaram uma carreata pelas ruas de Realengo, logo ap�s a exibi��o do document�rio.


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