Um homem frio, eloquente, formado em pedagogia, muito educado e inteligente o bastante para ser aprovado em pelo menos tr�s concursos p�blicos (dois para professor e um para guarda-municipal). Este � o perfil que a Pol�cia Civil de Goi�s tra�ou sobre o professor do ensino fundamental Ivo Barros J�nior de 44 anos, preso sob suspeita de ter abusado das 18 alunas de uma das turmas da Escola Jos� Lu�s Bittencourt, em Goianira, na Grande Goi�nia. Barros J�nior ainda seria reincidente em abusar de alunas - o que faz o n�mero de v�timas ser at� maior -, e tamb�m mant�m o cargo de subinspetor da Guarda Municipal da capital de Goi�s, mesmo respondendo a quatro sindic�ncias.
O hist�rico de abusos virou esc�ndalo com a pris�o dele, que aconteceu s�bado, 8, em Goianira. Uma das alunas relatou as car�cias �ntimas e beijos no "canto da boca" que Barros J�nior teria praticado nela e nas demais colegas, todas com idade entre 8 e 11 anos. O professor do ensino fundamental � acusado de tirar proveito de momentos de intervalo, sempre afastado dos meninos da turma, que tem 35 alunos, para os atos libidinosos, que inclu�am tamb�m fazer as garotas sentarem no colo dele para usarem um computador.
Defesa
Ao ser preso, o professor, que nega as acusa��es, teve calma suficiente para consultar o delegado de Goianira sobre o que deveria fazer. Costa disse que alertou sobre o direito � contrata��o de um advogado. Uma das advogadas do escrit�rio que Barros J�nior contatou afirmou nesta ter�a-feira que o contrato ainda n�o foi formalizado e que s� poderia falar sobre o prov�vel cliente ap�s isto ocorrer.
O professor tinha sido exonerado da prefeitura de Aparecida de Goi�nia, onde tamb�m foi denunciado por abusar sexualmente de uma aluna de uma escola do Setor Cara�bas. Assim que o caso das estudantes de Goianira foi denunciado, Barros J�nior foi advertido, suspenso e exonerado do cargo tamb�m pela prefeitura desta cidade. O professor teria cometido os abusos entre fevereiro e maio. J� na capital goiana, Barros J�nior passar� a responder pela quinta sindic�ncia na Corregedoria da Guarda Municipal. Quatro s�o por ass�dio moral contra colegas subordinados e uma por ter acumulado dois cargos p�blicos, o que � proibido, de acordo com a Corregedoria.