
A principal medida pr�tica s� foi anunciada na noite de quinta-feira, 18: uma comiss�o com policiais e integrantes do MP e do governo estadual vai investigar os atos de vandalismo. Informou-se ainda que o Minist�rio P�blico fotografou e filmou os protestos.
Durante o dia, em duas entrevistas, Cabral colheu confiss�es da c�pula da Seguran�a sobre a incapacidade para conter o quebra-quebra e, dos demais �rg�os, declara��es de apoio � democracia. No �ltimo momento, sua assessoria informou que, diferentemente do anunciado, o governador n�o falaria, porque “estava em reuni�o”. Em seu lugar, o governo divulgou breve e protocolar nota.
“Os atos de vandalismo na madrugada de ontem no Leblon e em Ipanema s�o uma afronta ao Estado Democr�tico de Direito”, disse Cabral, na nota. “O governo reitera a sua posi��o de garantir, por meio das for�as de Seguran�a P�blica, n�o s� o direito � livre manifesta��o, como tamb�m o de ir e vir e a prote��o do patrim�nio p�blico e privado.” No protesto, al�m de gritos contra Cabral houve cr�ticas ao gasto de dinheiro p�blico na viagem do papa Francisco ao Rio.
Enquanto o governador continuava fechado no Pal�cio, sua equipe policial exibia perplexidade. O secret�rio de Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame; a chefe da Pol�cia Civil, delegada Martha Rocha; o comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho; e o chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, revelaram n�o saber o que fazer. Declara��es de desconhecimento das passeatas articuladas via redes sociais se misturaram a problemas jur�dicos para manter suspeitos presos e cr�ticas ao acordo com entidades para moderar o uso de g�s lacrimog�neo.
Uma das constata��es foi de que a aus�ncia de l�deres claros impede a negocia��o. Para Beltrame, as autoridades est�o “lidando com turba” e, nesses casos, n�o h� um manual de como atuar. “N�o podemos ter um plano engessado porque os protestos s�o flex�veis.”