Os jovens brasileiros da atualidade s�o e ser�o a maior for�a de trabalho da hist�ria do pa�s, tanto em n�vel absoluto quanto relativo, indica estudo da Secretaria de Assuntos Estrat�gicos da Presid�ncia da Rep�blica e do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), divulgado hoje no Rio.
Nos pr�ximos dez anos, a popula��o jovem, de 15 a 29 anos, chegar� a cerca de 50 milh�es de pessoas, representando 26% da popula��o. Somente a partir de 2025, esse n�mero come�ar� a declinar, diz o estudo. O tamanho relativo fica muito pr�ximo da m�dia mundial. Os dados fazem parte do primeiro fasc�culo de uma s�rie que ser� publicada ao longo deste e do meio do ano que vem.
O estudo tamb�m ouviu mais de dez mil jovens em diferentes partes do pa�s para saber quais s�o suas prioridades em uma lista que inclui 16 temas. Para a maioria dos entrevistados (85,2%), educa��o de qualidade � o principal anseio, seguido por servi�os de sa�de (82,7%) e alimenta��o de qualidade (70,1%). Ter um governo honesto e atuante � a quarta prioridade do jovem brasileiros (63,5%).O modelo de perguntas usado � da pesquisa My World da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU)para subsidiar novas Metas do Mil�nio para depois de 2015.
“Essa pororoca jovem pede aten��o. � preciso ouvir quais as prioridades desses jovens", acrescentou Neri. Segundo ele, mais do que pol�ticas p�blicas de qualidade, ps jovens querem pol�ticas adequadas �s suas necessidades. Ele disse que as a��es adotadas nos pr�ximos dez anos ser�o decisivas para a economia e a pol�tica do pa�s.
O subsecret�rio de A��es Estrat�gicas, Ricardo Paes de Barros, que coordenou o estudo, ressaltou que os pr�ximos fasc�culos dever�o aprofundar as demandas dos jovens e cruzar os dados com o que h� de pol�ticas p�blicas para esse setor. “Vamos cobrir a quest�o da educa��o e da distribui��o de renda. Tamb�m estamos fazendo um levantamento completo de todas as pol�ticas federais, estaduais, municipais, do terceiro setor. Vamos combinar essas demandas com as ofertas de pol�ticas p�blicas para tentar identificar os gargalos e inadequa��es”, informou.
Barros, que considera dez anos um prazo razo�vel para correr atr�s do tempo perdido, ressaltou que se, por um lado, o expressivo contingente de jovens pode gerar uma concorr�ncia muito grande, por outro, com pol�ticas acertadas, permite a interioriza��o da educa��o t�cnica e da superior, aumentamdo a especializa��o do conhecimento, entre outras vantagens.
Os pesquisadores ressaltaram que, embora a popula��o jovem j� tenha chegado a 30% da popula��o, as taxas de mortalidade das gera��es anteriores eram maiores que as da gera��o iniciada h� cerca de dez anos, o que impedia que uma parcela dos jovens de ent�o chegasse � idade economicamente ativa.