S�o Paulo, 25 - A Corregedoria da Pol�cia Militar indiciou 14 policiais militares da Rota acusados de agredir, torturar e abusar sexualmente de moradores de S�o Jos� dos Campos, em uma a��o paralela � desocupa��o da �rea do Pinheirinho, uma das maiores feitas no Pa�s, ocorrida em 2012.
Tamb�m est�o envolvidos um cabo, dez soldados e um integrante do Centro de Opera��es da PM (Copom) de S�o Jos� dos Campos - esse �ltimo s� responde por prevarica��o (deixar de realizar ato obrigat�rio), por n�o atender o chamado de uma das v�timas.
De acordo com a corregedoria, os policias entraram em uma casa onde havia sete suspeitos (duas mulheres e cinco homens, sendo um deles menor de idade) de uso de drogas e porte ilegal de arma. Os PMs teriam coagido as v�timas para que apresentassem uma arma de calibre 12. Duas mulheres relatam que foram assediadas pelos policias a praticar sexo oral.
Os acusados dos crimes sexuais s�o o tenente e sargento. Um adolescente, ent�o com 17 anos, alega ter sido empalado com um cabo de vassoura. Um laudo pericial confirmou a les�o na v�tima.
Todo os PMs investigados poder�o ser expulsos da corpora��o por crime de tortura, les�o corporal e viol�ncia sexual - os delitos poder�o ser julgados pela Justi�a comum ou pela militar, dependendo da conduta.
Apenas um dos policiais, que no come�o disse que havia participado da a��o, mas depois desmentiu, n�o foi indiciado, mas responder� por infra��o administrativa. Ele foi flagrado com uso de maconha em um exame toxicol�gico. Um soldado do Copom, que havia tratado o telefonema de uma das v�timas com desleixo, foi denunciado por prevarica��o.
Al�m do Pinheirinho
A reclama��o ao Copom foi registrada uma semana depois dos crimes, ocorridos em 22 de janeiro de 2012, dia em que 2 mil policiais militares cumpriam decis�o judicial de reintegra��o de posse e retiraram 8 mil fam�lias do terreno de 1,3 milh�o de m2 do investidor Naji Nahas.
Segundo a corregedoria, todos os envolvidos foram afastados de suas fun��es para cargos administrativos desde o come�o do inqu�rito. N�o foi pedida pris�o preventiva, segundo a PM, por eles n�o atrapalharem as investiga��es nem terem maus antecedentes.
Os advogados dos indiciados n�o foram localizados pela reportagem at� o fechamento desta edi��o. Na vers�o dos PMs indiciados, eles observaram os suspeitos com atividade estranha na rua e entraram atr�s deles na casa. Os suspeitos teriam admitido porte de drogas e arma e, por isso, foram presos.