Fleury e Franco mant�m depoimento sobre Carandiru

O ex-governador de S�o Paulo, Luiz Ant�nio Fleury Filho, e o ex- secret�rio estadual de Seguran�a, Pedro Franco de Campos, prestaram depoimento na manh� desta ter�a-feira durante o segundo dia do julgamento sobre o massacre do Carandiru. Os dois j� haviam participado, tamb�m como testemunhas de defesa, da primeira etapa do j�ri, em abril deste ano, e mantiveram as suas vers�es sobre o epis�dio de outubro de 1992 - quando estavam � frente do Estado e da pasta.

O ex-secret�rio foi o primeiro a depor e disse, logo no in�cio do seu depoimento, que "reitera todas as declara��es feitas no julgamento anterior". Na primeira etapa do j�ri, Franco afirmou que autorizou a entrada da PM no Carandiru e disse que tomaria a mesma atitude hoje. "Nenhuma d�vida de que havia necessidade de ingresso da PM na Casa de Deten��o", reiterou.

Fleury, assim como no julgamento em abril, afirmou que a entrada no pres�dio foi "leg�tima e necess�ria". Em seu depoimento, o ex-governador relatou que quando chegou ao Carandiru, havia focos de inc�ndio e a not�cia de presos mortos, o que teria justificado a entrada da pol�cia. "Eu n�o dei a ordem para a entrada da PM, mas se estivesse no meu gabinete, teria determinado a invas�o".

Ap�s intervalo para o almo�o, o j�ri foi retomado com a oitiva da segunda testemunha protegida. Assim como aconteceu pela manh� com o outro depoimento em sigilo, apenas os promotores, a advogada de defesa, o juiz e os jurados ouvem a testemunha. A imprensa n�o tem acesso ao depoimento.

Para esta ter�a est�o previstos ainda as declara��es, em v�deo, de outras duas testemunhas convocadas pela defesa dos 26 PMs acusados de matar 73 detentos do 2º andar do Pavilh�o 9 do pres�dio: os desembargadores Ivo de Almeida e Luiz Augusto San Juan Fran�a.