O suposto anonimato da internet, aliado � falta de legisla��o espec�fica que regule o que se faz na rede, parece facilitar a��es il�citas. Mesmo depois da pol�mica gerada pela investiga��o da venda de beb�s via Facebook, que repercutiu em todo o pa�s, ainda h� quem se arrisque em negociar, pela web, a entrega do pr�prio filho. � o caso da recifense Alice (nome fict�cio), 22 anos, autora de um dos an�ncios de crian�as na rede social.
“Postei, mas queria apagar. Ainda n�o decidi se vou do�-lo. O problema com a internet � que a gente n�o sabe com quem est� falando, se a pessoa � de bem e est� dizendo a verdade… por isso tive medo”, afirma. Segundo a promotora do Minist�rio P�blico de Pernambuco (MPPE), Daiza Cavalcanti, apenas a oferta da crian�a j� configura crime e receber qualquer benef�cio, em especial “ajudas financeiras”, pode ser considerado desrespeito ao Estatuto da Crian�a e do Adolescente. “A lei existe para impedir a facilita��o de casos de tr�fico ou abandono, mas tamb�m � uma seguran�a, j� que sem ela n�o haveria certeza de que a mulher n�o estaria recebendo dinheiro por fora”, explica.