A expectativa de vida do brasileiro aumentou 11,24 anos de 1980 (62,52 anos) a 2010 (73,76 anos). O resultado faz parte da pesquisa T�buas de Mortalidade 2010 – Brasil, Grandes Regi�es e Unidades da Federa��o, divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Segundo o gerente de Componentes de Din�mica Demogr�fica do IBGE, Fernando Albuquerque, com o resultado de 2010, o Brasil ocupa o 91º lugar no ranking da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) sobre expectativa de vida. O Chile est� na 34ª posi��o e a Argentina, na 59ª. No grupo Brics (formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), o pa�s fica atr�s apenas da China (70º). Depois do Brasil, est�o R�ssia (134º), �ndia (149º) e �frica do Sul (179º).
O gerente destacou que, al�m dos avan�os tecnol�gicos da medicina, as pol�ticas sociais contribuem para a diminui��o da mortalidade. “Os programas de transfer�ncia de renda permitem ao idoso ter acesso aos medicamentos. Nesta faixa et�ria, as enfermidades s�o diferentes das do restante da popula��o. S�o doen�as cr�nicas que t�m que ter assist�ncia do governo. Isso est� sendo feito”, acrescentou.
A maior diferen�a das expectativas de vida entre homens de mulheres foi registrada no estado de Alagoas. De acordo com a pesquisa, as mulheres vivem 9,37 anos a mais que os homens. O estado foi o que mostrou o maior �ndice de sobremortalidade (7,4 vezes), resultado da divis�o da taxa de mortalidade dos homens pela das mulheres, na faixa entre 20 e 24 anos, determinando a possibilidade de um homem n�o chegar aos 25 anos. Em 1980 o �ndice era de 1,7 vez.
“Esse crescimento de 1,7 em 1980 para 7,4 em 2010 evidencia um aumento muito forte dos atos violentos na popula��o masculina em Alagoas. Os �bitos s�o por causas diversas, homic�dios, suic�dios acidentes de tr�nsito. Nesse grupo, entre 20 e 24 anos, a maioria � homic�dios e acidentes de tr�nsito”, explicou.
A regi�o com a taxa mais alta de expectativa de vida em 2010 foi a Sul (75,84 anos), seguida da Sudeste (75,40), Centro-Oeste (73,64 anos), Nordeste (71,20 anos) e Norte (70,76 anos). O gerente explicou que o desenvolvimento da Regi�o Sul � um processo percebido ao longo dos anos.
Entre os estados, Santa Catarina foi o que teve o maior crescimento tanto em homens (73,73 anos) como em mulheres (79,90). No total, ficou com 76,80 anos. A menor taxa foi encontrada no estado do Maranh�o (68,69).