A mortalidade infantil no Brasil caiu de 69,1% em 1980, para 16,7% em 2010, o que representa queda de 75,8%. O resultado est� na pesquisa T�buas de Mortalidade 2010 – Brasil, Grandes Regi�es e Unidades da Federa��o, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Na avalia��o do Instituto, a redu��o na taxa de mortalidade infantil � resultado concreto de a��es governamentais e n�o governamentais no campo da sa�de e reflete as condi��es de vida da popula��o.
Segundo o gerente de Componentes de Din�mica Demogr�fica do IBGE, Fernando Albuquerque, a mortalidade caiu em todos os grupos et�rios, mas a redu��o foi maior nos grupos infantil (at� 4 anos) ou infanto-juvenil (de 5 a 14 anos), por causa de programas do governo federal e de organiza��es n�o governamentais (ONG) com foco na diminui��o da mortalidade infantil.
“Aleitamento materno, melhoria nas condi��es de saneamento b�sico e higiene p�blica, campanhas de vacina��o, maior acesso da popula��o aos servi�os de sa�de, maior escolaridade da m�e e pol�tica de assist�ncia b�sica �s gestantes s�o programas que efetivamente t�m forte impacto na diminui��o da mortalidade infantil e infanto-juvenil”, explicou.
A pesquisa revela que, na Regi�o Nordeste, para cada mil crian�as nascidas em 1980, 120 n�o completariam o quinto ano de vida. J� em 2010, apenas 26 n�o chegariam aos 5 anos. “Foi uma redu��o muito forte. Deixaram de morrer 94 crian�as, aproximadamente, que nasciam e n�o completariam o quinto ano de vida. A regi�o Nordeste foi a que apresentou o maior decl�nio”, esclareceu o gerente.
Albuquerque informou que a mortalidade infantil pode ser desmembrada em neonatal (referente ao primeiro m�s de vida) e a p�s-neonatal (do primeiro m�s ao primeiro ano de vida). Na fase p�s-neonatal, a mortalidade est� associada a fatores sociais e econ�micos. J� na fase neonatal, ocorre por problemas cong�nitos ou gen�ticos. “No caso da mortalidade p�s-neonatal as causas s�o mais f�ceis de se combater, pois s�o relacionadas a fatores sociais e econ�micos, que est�o melhorando no Brasil”, contou.
A pesquisa mostra ainda que o padr�o de mortalidade do brasileiro entre 1980 e 2010 caiu em todas as idades, sem concentra��o em um grupo et�rio espec�fico.“A diminui��o da mortalidade atingiu tanto a base, como o meio e o topo da pir�mide et�ria”, disse Albuquerque.
Para o gerente, a queda da mortalidade em todas unidades da federa��o � um fato e os ganhos foram significativos. No entanto, o pa�s ainda est� longe dos n�veis de mortalidade de regi�es mais desenvolvidas do mundo. Enquanto no Brasil a mortalidade est� em torno de 16 �bitos em menores de um ano, para cada mil nascidos vivos, em pa�ses da Europa, a taxa � de quatro �bitos, por mil.
“Diminu�mos muito, mas continuamos um pouco distante das regi�es mais desenvolvidas. Ent�o a velocidade com que estes programas s�o aplicados deve continuar para nos aproximarmos dos n�veis de regi�es mais desenvolvidas”, analisou.