O novo comandante-geral das unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, disse nesta quarta-feira que n�o ir� tolerar desvios de conduta por parte dos policiais. Caldas informou que vai apostar no controle do comportamento dos agentes e no respeito aos moradores das comunidades pacificadas.
"Vamos iniciar um processo mais rigoroso de controle dos policiais. Eu quero que o meu policial seja gentil no trato com a popula��o", disse o coronel, ressaltando que a Rocinha e o Complexo do Alem�o s�o os principais desafios. "A Rocinha, com a quest�o do desaparecimento do Amarildo, e o Alem�o, com a quest�o do AfroReggae, s�o problem�ticas. N�s estamos muito empenhados em resolver. N�o podemos permitir que esse poder paralelo instale o caos nas UPPs". O ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza est� desaparecido desde o dia 14 de julho, ap�s ser levado por policiais militares para averigua��o na Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha. A sede do grupo AfroReggae no Complexo do Alem�o foi incendiada no dia 16 de julho. Outra unidade, localizada na Vila Cruzeiro, vizinha ao Complexo do Alem�o e tamb�m ocupada pela pol�cia, foi alvejada por tiros, no �ltimo dia 1�. O novo comandante-geral disse ainda que vai abrir uma sindic�ncia para apurar a morte do jovem La�rcio Hil�rio da Luz, de 17 anos. Moradores do Parque Prolet�rio, no Complexo da Penha, atearam fogo na noite de ontem (13) em tr�s �nibus em protesto contra a morte do rapaz, encontrado em cima da laje de uma casa da comunidade. Os moradores responsabilizam a pol�cia pela morte de La�rcio. "N�s refor�amos todo o efetivo policial na regi�o e vamos abrir uma sindic�ncia que vai colher depoimentos de moradores e parentes da v�tima para podermos avaliar melhor este caso, mesmo sem um registro oficial que relate qualquer tipo de abordagem dos policiais ao La�rcio", disse. O comandante descartou que o jovem tenha sido v�tima de viol�ncia f�sica. "Os resultados preliminares da per�cia indicaram que n�o houve nenhum tipo de les�o corporal, e nem de que o corpo de La�rcio tenha sido levado para a laje da casa onde foi encontrado. N�o houve nenhum vest�gio de sangue nas imedia��es do local, o que aponta que o corpo n�o foi arrastado ou at� mesmo levado para o andar de cima da casa", informou.