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Estado de Minas

Tortura na Funda��o Casa pode ter mais envolvidos

Depoimentos apontam que outros funcion�rios participaram de sess�es de tortura


postado em 21/08/2013 08:55 / atualizado em 21/08/2013 09:07

H� mais funcion�rios envolvidos em torturas na Funda��o Casa (ex-Febem) da Vila Maria, na zona norte de S�o Paulo, al�m dos cinco que foram afastados ap�s divulga��o de v�deo onde pelo menos seis jovens s�o espancados na unidade Jo�o do Pulo. A afirma��o foi dada nessa ter�a-feira, 20, por cinco v�timas que prestaram depoimento ao Minist�rio P�blico Estadual.

Ao todo, oito jovens que testemunharam a sess�o de agress�es e que apanharam naquela unidade foram transferidos para depor em outro pr�dio da funda��o, no Br�s.

O promotor Matheus Jacob Fialdini afirmou, no entanto, que ainda � cedo para pedir o afastamento dos suspeitos, j� que eles n�o aparecem nas imagens. "Precisamos tratar o assunto com cuidado. Como nesses casos n�o h� imagens respaldando a den�ncia, � preciso antes investigar melhor", disse.

Desde que o caso apareceu no Fant�stico, da Rede Globo, no domingo, 18, cinco funcion�rios j� foram afastados pela Funda��o Casa. S�o eles o diretor da unidade, Wagner Pereira da Silva, os coordenadores de seguran�a Maur�cio Mesquita Hil�rio e Jos� Juv�ncio (que aparecem no v�deo agredindo os jovens) e o coordenador de equipe Edson Francisco da Silva, que assistiu �s agress�es. Na segunda, outro coordenador de equipe foi afastado. A Funda��o Casa n�o divulgou o nome do funcion�rio.

Nas imagens da TV, gravadas dentro da unidade Jo�o do Pulo, os funcion�rios d�o socos, tapas, pontap�s e cotoveladas em pelo menos seis adolescentes, que est�o de cuecas, acuados em uma sala da unidade. As imagens foram gravadas em maio. O quinto afastado aparece no v�deo amea�ando os garotos: "Vou falar para os senhores: a m�e dos senhores vai visitar os senhores l� no IML. L� no IML. Vai visitar no IML, porque eu n�o vou 'dar boi'", amea�a o funcion�rio.

Comportamento

Os cinco jovens que foram ouvidos pelo MPE nessa ter�a-feira disseram que houve tumulto e tentativa de fuga, o que teria motivado as agress�es. Os rapazes ainda disseram que surras para tentar punir desvios de comportamentos costumavam ocorrer.

As testemunhas, no entanto, ponderaram que h� funcion�rios na unidade que n�o compactuam com as torturas e agress�es. "Eles sabem apontar os funcion�rios que s�o c�mplices daqueles que trabalham direito", disse o promotor.

Na segunda-feira, 20, o MPE ouviu 16 funcion�rios da Funda��o Casa. Na primeira sess�o de depoimentos, constatou, segundo disse, a falta de capacita��o e de voca��o de muitos dos trabalhadores ouvidos com a educa��o de jovens. Os cursos para agentes, de acordo com os promotores, duram 15 dias. A Funda��o Casa nega que falte capacita��o para os funcion�rios e afirma que os cursos melhoraram nos �ltimos anos.

Documentos

A partir desta quinta-feira, 22, a promotoria vai ouvir outros jovens e funcion�rios, al�m de buscar documenta��es sobre os trabalhos na unidade. A inten��o � aproximar os trabalhos da promotoria criminal, da Pol�cia Civil e da Corregedoria da Funda��o Casa, que tamb�m investigam a ocorr�ncia.


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