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Estado de Minas

Falta de estudo dos pais afeta em mortalidade infantil

Est�ticas apontam que morte ligadas a falta de forma��o da popula��o causam mais mortes que a falta de saneamento ou de �gua pot�vel


postado em 26/08/2013 08:36

Nada mata mais crian�as no Brasil do que a falta de estudo dos pais. Pesquisa do Estad�o Dados mostra que nenhuma outra das 232 vari�veis testadas influi mais nas mortes na inf�ncia do que o baixo n�vel de escolaridade dos adultos. Nem a falta de dinheiro de �gua ou esgoto t�m um impacto maior na mortalidade infantil.

Os dados se referem aos 5.565 munic�pios brasileiros, foram coletados durante o Censo 2010 e compilados pelo Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Eles foram usados para criar um modelo explicativo dos indicadores que poderiam causar a mortalidade de crian�as de at� 5 anos. Por meio de m�todos estat�sticos, foi poss�vel ver que a maior causa desse tipo de morte est� relacionada � taxa de alfabetiza��o da popula��o com mais de 18 anos.


Para cada ponto porcentual retirado da taxa de analfabetismo da popula��o de 18 anos ou mais, a taxa de mortalidade de crian�as at� 5 anos cai 4,7 pontos. Na pr�tica, se 1% dos adultos de uma cidade � alfabetizado, em m�dia, mais 47 crian�as sobrevivem � primeira inf�ncia, a cada 10 mil nascimentos. "�s vezes, a casa n�o tem saneamento b�sico, mas se a m�e tem um pouco de educa��o consegue que o filho tenha acesso aos programas sociais do governo", disse o pesquisador do IBGE Celso Sim�es, autor de estudo que chegou a conclus�o similar.

O conjunto dos dados revela que quanto maior o analfabetismo, maior a taxa de mortalidade na inf�ncia. Cidades como Olho D'�gua Grande (AL) s�o exemplos onde esses dois �ndices s�o alt�ssimos - 50 crian�as de at� 5 anos morrem por ano e 46% dos adultos s�o analfabetos. Blumenau (SC) est� no outro extremo, com taxa de mortalidade cinco vezes menor e apenas 2% de analfabetismo entre adultos.

O impacto da alfabetiza��o de adultos sobre a mortalidade de crian�as � duas vezes maior do que o da pobreza. O segundo fator com maior peso para evitar mortes infantis � aumentar a fatia da renda dos 20% mais pobres. Cada ponto porcentual a mais na renda faz diminuir 2,8 pontos da taxa de mortalidade na inf�ncia.

O terceiro fator estudado que diminui a mortalidade na inf�ncia � o acesso a �gua e esgoto. Mas o impacto � bem menor do que o do analfabetismo e da pobreza. A cada ponto porcentual a menos de popula��o sem saneamento b�sico, a mortalidade na inf�ncia cai 0,8 ponto. Combinadas, as tr�s vari�veis - analfabetismo, pobreza e �gua/esgoto - explicam 62% da taxa de mortalidade das crian�as com at� 5 anos no Brasil. O modelo � consistente tamb�m no tempo. Aplicado aos dados do Censo de 2000, seu poder de explica��o � ainda maior: 69%.

O professor da Faculdade de Ci�ncias M�dicas da Santa Casa Jos� C�ssio de Moraes ressalta que a maior educa��o materna tamb�m aumenta as chances de doen�as infantis serem diagnosticadas mais cedo: "A m�e com n�vel educacional melhor reconhece mais rapidamente os sintomas de doen�as."


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