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Estado de Minas

Disputa entre policiais civis e militares atrasa a reconstitui��o do caso Amarildo


postado em 01/09/2013 20:27 / atualizado em 01/09/2013 20:50

Intimados a participar da reconstitui��o policial da sequ�ncia de eventos que antecedeu o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza na Rocinha em 14 de julho, PMs sob investiga��o no caso abandonaram o local antes do seu in�cio, com autoriza��o do chefe do Estado-Maior da Pol�cia Militar. Os policiais, que tinham sido convocados na qualidade de testemunhas, s� retornaram ap�s as 18h30 deste domingo, 1º, depois que o delegado titular da Divis�o de Homic�dios, Rivaldo Barbosa, telefonou de dentro da sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora para o comandante geral da PM, coronel Jos� Lu�s Castro. O oficial contornou a crise entre as Pol�cias Civil e Militar, ordenando o retorno dos policiais para o in�cio dos trabalhos, que dever�o se prolongar pela noite de hoje e madrugada de amanh�.

A reconstitui��o estava marcada desde a semana passada para as 15 horas de hoje, e os PMs - al�m dos quatro que abordaram Amarildo, outros 15 que estavam de plant�o naquele dia tamb�m foram convocados - deixaram o local �s 15h55, sob a alega��o de que a equipe da Pol�cia Civil respons�vel pelo trabalho n�o havia "cumprido o hor�rio". Pouco depois, Barbosa chegou � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora da Rocinha �s 16h10. Surpreendido com a situa��o, contatou o coronel Castro, que determinou que seus subordinados voltassem. Por volta de 19 horas, a reconstitui��o come�ou, com quatro horas de atraso.

"N�o temos hora para terminar. V�o ser feitas v�rias simula��es para esclarecer d�vidas e omiss�es", disse o delegado. Segundo ele, se as condi��es de luz inviabilizarem algum trecho da reconstitui��o, essa parte poderia ser repetida em outra ocasi�o.

Segundo Barbosa, a ordem da reconstitui��o ser� cronol�gica, desde o momento em que Amarildo foi abordado pela primeira vez at� aquele em que o pedreiro teria deixado a sede da UPP, segundo a pol�cia. Est� prevista a participa��o de testemunhas, de moradores e parentes de Amarildo. N�o ser� abordado o trajeto percorrido fora da favela pelo carro da PM que levou Amarildo de sua casa at� a sede da UPP. Dados do GPS do r�dio da viatura registraram o percurso.

Cerca de 100 policiais civis est�o no local para participar da reconstitui��o, entre peritos e agentes da Divis�o de Homic�dios e da Core (Coordenadora de Recursos Especiais). A Pol�cia Civil informou que dois PMs pediram para participar encapuzados dos trabalhos.

Mais cedo, antes de deixar o local, o advogado dos quatro PMs suspeitos, Marcos Esp�nola, disse que seus clientes (os soldados Victor Vin�cius Pereira da Silva, Douglas Roberto Machado, Jorge Luiz Gon�alves Coelho e Marlon Campos Dias) haviam sido notificados para chegar � sede da UPP ao meio-dia. "Os PMs chegaram ao meio-dia e at� agora a Pol�cia Civil n�o apareceu. Eles foram liberados com autoriza��o do chefe do Estado Maior pelo motivo de a Pol�cia Civil n�o ter cumprido o hor�rio", disse Esp�nola.

Em entrevista no in�cio da noite, Rivaldo Barbosa afirmou que a PM sabia desde sexta-feira que a reconstitui��o come�aria �s 15 horas. O delegado afirmou ter comunicado o major Edson Santos sobre esse hor�rio.

Os policiais at� poderiam deixar de participar da reconstitui��o mas isso precisaria ser comunicado formalmente, o que n�o ocorreu. Ao longo da tarde, representantes do Minist�rio P�blico amea�aram representar contra os policiais.

O desaparecimento de Amarildo completa 50 dias hoje. As c�meras da sede da UPP para onde o pedreiro foi levado n�o estavam funcionando e o GPS da viatura policial estava desligado.


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