A como��o causada pelo assassinato do garoto boliviano Bryan Yanarico Capcha, de 5 anos, em S�o Mateus, zona leste de S�o Paulo, em junho, motivou a articula��o de um acordo entre a Caixa Econ�mica Federal e a Prefeitura para facilitar a abertura de contas banc�rias para imigrantes do Mercosul.
"Os bolivianos tinham muita dificuldade para comprovar resid�ncia na hora de abrir uma conta. Por isso, eram obrigados a guardar o dinheiro em casa e se tornavam alvo de assaltos", disse Rog�rio Sottili, secret�rio de Direitos Humanos da capital. A fam�lia de Bryan vivia h� seis meses no Pa�s quando o crime aconteceu. "A casa foi assaltada quatro vezes. Provavelmente as pessoas j� sabiam que o dinheiro estava ali", afirmou Sottili.
Pelo acordo, que deve ser assinado na sexta-feira, os estrangeiros do Mercosul ter�o de apresentar apenas o CPF e o protocolo com o pedido do Registro Nacional de Estrangeiros (RNE), concedido pela Pol�cia Federal, para abrir a conta na Caixa. A medida deve beneficiar mais de 400 mil pessoas.
No fim de agosto deste ano, internos do Centro de Deten��o Provis�ria (CDP) de Santo Andr� acionaram atendimento de urg�ncia para Paulo Ricardo Martins, de 19 anos e Felipe dos Santos Lima, de 18. Os jovens foram encaminhados para a enfermaria, mas chegaram sem vida ao local.
Paulo e Felipe eram dois dos cinco suspeitos pela morte do menino boliviano Bryan, assassinado dentro de casa. Na noite do crime, cinco homens renderam um tio do garoto e levaram mais de R$ 4 mil reais da fam�lia. Segundo a m�e do menino, ele foi morto porque, assustado, n�o conseguia parar de chorar. Os criminosos teriam ficado irritados com o barulho.
De acordo com a Secretaria de Administra��o Penitenci�ria (SAP), os dois suspeitos haviam chegado ao centro de deten��o h� quatro dias. A suspeita � que a ordem tenha partido da fac��o criminosa PCC da qual os jovens faziam parte, mas que n�o aceitam mortes de crian�as.