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Estado de Minas

Pol�cia far� opera��o para localizar corpo de Amarildo

O local das buscas n�o foi informado pelo delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divis�o de Homic�dios (DH), que conduziu o inqu�rito


postado em 05/10/2013 14:58

A Pol�cia Civil do Rio vai realizar nos pr�ximos dias uma opera��o para localizar o corpo do pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, desaparecido desde 14 de julho, quando foi conduzido por PMs � Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio. O local das buscas n�o foi informado pelo delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divis�o de Homic�dios (DH), que conduziu o inqu�rito que resultou no indiciamento de dez PMs da UPP por tortura seguida de morte e oculta��o do cad�ver de Amarildo.

Tamb�m ser� feito exame de DNA em oito cad�veres, com caracter�sticas semelhantes �s de Amarildo, localizados em diferentes pontos do Estado do Rio. Parentes do pedreiro coletar�o material gen�tico nos pr�ximos dias. J� foi comprovado por meio de exame de DNA que a ossada encontrada em Resende, no interior do Estado, n�o � de Amarildo.

Grampos telef�nicos


Numa entrevista que durou mais de uma hora, no fim da noite de sexta-feira, 04, os delegados Barbosa e Ellen Souto, da DH, detalharam o passo a passo do inqu�rito, que tem mais de 2 mil p�ginas e 133 depoimentos. Uma das principais provas � um grampo telef�nico no qual um dos indiciados, o soldado Marlon Campos Reis, conversa com a namorada sobre a investiga��o: "Eles j� sabem o que aconteceu. S� n�o t�m como provar".

Todos os PMs investigados tiveram seus telefones interceptados com autoriza��o judicial. Numa outra escuta, o ex-comandante da UPP, major Edson Santos, tenta combinar o depoimento com o soldado Douglas Roberto Vital Machado, o Cara de Macaco: "Vital, voc� disse na DH que foi s� buscar o Amarildo?".

Outra prova apresentada pela pol�cia � uma per�cia de voz num grampo telef�nico, realizado durante a investiga��o da 15ª DP (G�vea) que resultou na Opera��o Paz Armada, no qual o traficante Thiago Neris, o Catatau, supostamente assume ter matado Amarildo para colocar a culpa na UPP. A conversa telef�nica grampeada foi feita em 18 de julho, quatro dias ap�s o sumi�o do pedreiro. "A per�cia comprovou que a voz na liga��o n�o � do traficante Catatau. Essa confiss�o foi uma farsa", sentenciou o perito Den�lson Siqueira, tamb�m presente � coletiva.



Torturas frequentes

Apesar de n�o haver no inqu�rito uma testemunha que tenha visto Amarildo sendo torturado pelos policiais militares, os investigadores est�o convictos de que esta foi a causa da morte do pedreiro. "Temos 22 v�timas de tortura ouvidas pelo Minist�rio P�blico, que narram com preciosismo de detalhes o modus operandi da tropa do major Edson, sempre objetivando informa��es sobre esconderijos de armas e drogas. Essas torturas ocorriam no Centro de Comando e Controle da UPP e nos becos da favela, inclusive no beco do Cot�, onde Amarildo foi abordado. As v�timas narram que essas torturas contavam com saco pl�stico na cabe�a, choques com o corpo molhado, e at� ingest�o de cera l�quida. Amarildo sofreu o que essas 22 v�timas sofreram, mas n�o resistiu. Sua morte foi uma fatalidade", afirmou a delegada Ellen Souto.

A investiga��o concluiu que Amarildo foi torturado no dia 14 de julho porque, para os policiais, ele sabia onde ficava o paiol de armas do tr�fico. "Um informante do soldado Douglas Vital contou a ele ter ouvido uma conversa de Amarildo com um traficante, na qual ele diz que n�o queria ficar mais com a chave do paiol. Essa era uma informa��o valios�ssima para o sucesso da Opera��o Paz Armada, desencadeada dois dias antes", disse Ellen.

Morte no parque ecol�gico

Um policial militar (que n�o est� entre os indiciados) ouvido no inqu�rito relatou que, na noite de 14 de julho, precisou ir � sede da UPP, que estranhamente estava vazia e totalmente desguarnecida. Ainda segundo o policial, havia um aglomerado de pessoas no parque ecol�gico, localizado ao lado dos cont�ineres da UPP. "Esse policial n�o tem como afirmar que eram os PMs nesse aglomerado, porque estava escuro. Mas n�o podemos crer que moradores da Rocinha estariam no parque ecol�gico, num domingo � noite chuvoso".


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