As investiga��es de casos envolvendo sumi�o, sequestro ou viol�ncia sexual contra crian�as e adolescentes no pa�s s�o prejudicadas pela falta de delegacias policiais especializadas. No estado do Rio de Janeiro s� existe uma Delegacia da Crian�a e do Adolescente V�tima (Dcav), situa��o que piora em outras regi�es do pa�s, porque em alguns estados n�o t�m esse tipo delegacia. A den�ncia � da deputada federal Liliam S� (PROS-RJ), relatora da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da C�mara Federal que investiga den�ncias de explora��o sexual de crian�as e adolescentes.
Liliam ouviu nessa segunda-feira (25) m�es de meninas desaparecidas durante audi�ncia p�blica na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e tamb�m esteve no Tribunal de Justi�a (TJ), buscando informa��es sobre o julgamento de um homem acusado pelo desaparecimento de uma menina de 11 anos em 2008 no munic�pio de S�o Gon�alo.
“Essas m�es ficam perambulando [de um lugar para outro]. N�o se tem um atendimento que elas mereceriam, pois s�o casos de crian�as e adolescentes. S� temos uma Dcav para atender a todo o estado e a demanda � muito grande. Essa m�e que tem uma filha abusada sexualmente ou que desaparece em outro munic�pio, vai ter que vir ao Rio de Janeiro para ser atendida em uma delegacia especializada. N�s precisamos ter outras unidades espalhadas pelo estado”, disse a deputada.
“Falta estrutura de atendimento. A CPI est� diagnosticando todas as falhas que existem no atendimento, tanto nos governos estadual quanto no municipal, em rela��o � aplica��o dos recursos que existem para crian�as e adolescentes.” A parlamentar esteve em v�rios outros estados e detectou que h� falhas na estrutura de atendimento ao enfrentamento da explora��o sexual. “Crian�a tem que ser prioridade no pa�s, mas n�o �”.
A CPI pretende acionar a Pol�cia Federal para auxiliar nas investiga��es de casos de desaparecimento de cerca de 20 meninas entre 7 e 13 anos no estado do Rio em circunst�ncias semelhantes. O pedido deve ser feito nesta ter�a-feira (26) ao diretor-geral, Leandro Daiello Coimbra, por Liliam S� e pela presidenta da comiss�o, deputada Erika Kokay (PT-DF). A suspeita da Promotoria Criminal do Minist�rio P�blico do estado � que os casos estejam relacionados e tenham um suspeito em comum, que j� chegou a ser preso por envolvimento no desaparecimento de uma das meninas, mas foi posteriormente colocado em liberdade.