Medicamentos antirretrovirais passar�o a ser usados no Pa�s para prevenir a infec��o pelo HIV. A estrat�gia ser� testada no Rio Grande do Sul a partir do pr�ximo ano, com grupos considerados mais vulner�veis, como profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, usu�rios de drogas e pessoas em situa��o de rua. O acordo ser� assinado neste domingo (1º), Dia Mundial da Aids, entre o Minist�rio da Sa�de e o governo do Rio Grande do Sul. "Na primeira etapa, ser�o 100 pessoas volunt�rias, mas o n�mero ser� expandido at� o fim do ano", afirmou o secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de do minist�rio, Jarbas Barbosa. A iniciativa dever� durar um ano.
Experi�ncias semelhantes j� v�m sendo adotadas no Pa�s, mas em menor propor��o. Os volunt�rios, todos de grupos considerados de maior risco para a doen�a, tomam medicamentos todos os dias, na expectativa de, com isso, evitar a infec��o pelo HIV. A ades�o ao tratamento e o impacto para a sa�de do paciente e para sa�de p�blica ser�o avaliados por pesquisadores.
O uso experimental de antirretrovirais como uma forma de preven��o de aids � parte de um pacote lan�ado neste domingo pelo governo para lembrar o Dia Internacional da Aids. Como havia antecipado o Estado, o Minist�rio da Sa�de tamb�m vai estender o uso dos antiaids para adultos com HIV, independentemente do est�gio da doen�a. At� ent�o, medicamento era liberado apenas quando os n�veis do v�rus atingisse determinado patamar. A nova regra passa a valer a partir desta segunda-feira (02).
Antirretrovirais foram desenvolvidos para o tratamento de pacientes com aids. O rem�dio diminui de forma significativa a quantidade de v�rus circulante no organismo. Seu uso, al�m de garantir melhor qualidade de vida para o paciente, pode diminuir o risco de infec��o, por exemplo, de um parceiro sexual durante uma rela��o desprotegida. Por isso, ele passou a ser considerado tamb�m, um instrumento de preven��o da doen�a.
Ele � indicado, por exemplo, como uma esp�cie de p�lula do dia seguinte. Em casos de acidente, viol�ncia sexual ou rela��es sem camisinha, doses do rem�dio s�o prescritas, para tentar evitar a infec��o. O recurso pode ser usado somente at� 72 horas ap�s o risco de cont�gio. Ao longo dos anos, tamb�m foi antecipado o in�cio do uso dos antirretrovirais at� chegar agora `a prescri��o independentemente do est�gio da doen�a.
Os n�meros da aids no Pa�s despertam preocupa��o. Boletim divulgado neste s�bado (30) mostra que foram registrados em 2012 39.185 casos novos da doen�a. Em 2004, eram 34.479. O aumento das infec��es nesse per�odo foi constatado em todas as regi�es, com exce��o do Sudeste. No Norte, os registros passaram de 1.955 para 3.427. No Nordeste, foram 4.995 casos novos em 2004 e 7.971 em 2012. No Centro-Oeste, passou de 2.138 casos para 2.818. No Sul, foram registrados 7.274 casos em 2004 e 8.571 em 2012. No Sudeste, os n�meros passaram de 18.117 para 16.398.
A maior incid�ncia � registrada no Sul: 30,9 casos por cada 100 mil habitantes. A menor est� no Nordeste, com m�dia de 14,8 casos por cada 100 mil habitantes.
A taxa de mortalidade est� estabilizada: foram 6,1 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2005, eram 6 mortes por cada 100 mil.