Por falta de cela feminina na Delegacia Regional de Cod�, distante 220 quil�metros da capital, uma mulher, acusada de tr�fico de drogas, est� h� nove dias algemada em uma cadeira, � espera de uma vaga no Pres�dio Feminino do Complexo Penitenci�rio de Pedrinhas, em S�o Lu�s.
Desde ent�o, Clen�bia n�o saiu do corredor da Delegacia Regional de Cod� e est� algemada em uma cadeira a espera de uma vaga em uma pris�o feminina. Ela diz que at� para ir ao banheiro ela precisa ser acompanhada por carcereiros, pela falta de estrutura. Seu companheiro est� recolhido a uma cela na mesma delegacia e tamb�m teve pris�o preventiva decretada.
Segundo o delegado regional de Cod�, R�mulo Vasconcelos, at� 22 de fevereiro de 2013, todas as mulheres presas na regional eram transferidas para a delegacia de Coroat�, cidade maranhense distante 178 quil�metros da capital, que tinha celas femininas, por�m esta delegacia foi destru�da por um inc�ndio provocado pelos presos durante um motim h� pouco mais de um ano e nunca foi recuperada.
Superlotada, a Delegacia Regional de Cod� foi projetada para receber apenas presos que estavam sendo interrogados, por�m suas duas celas hoje abrigam cerca de 20 presos de tr�s cidades - al�m de Cod�, h� homens presos em Timbiras e Coroat�.
Sem alternativas para as mulheres, as detidas ficam esperando por vagas em pres�dios de outras cidades, como � o caso de Clen�bia. "N�s n�o temos celas femininas em Cod� e estamos esperando que essa vaga seja aberta em S�o Lu�s", disse Vasconcelos.
Um fato curioso � que no in�cio da crise do sistema carcer�rio maranhense, autoridades do estados chegaram a cogitar a possibilidade de desativar o Pres�dio Feminino do Complexo Penitenci�rio de Pedrinhas, para dar mais espa�o para deten��o de homens. At� o fechamento desta mat�ria o caso n�o havia sido resolvido e a acusada continuava algemada a uma cadeira, no corredor da Delegacia Regional de Cod�.