
Ao chegar ao f�rum do Rio para acompanhar a retomada da audi�ncia de instru��o e julgamento do processo em que 25 policiais militares s�o acusados de participa��o no sumi�o e morte presumida de Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, a mulher da v�tima, Elizabete Gomes da Silva, de 48, afirmou que n�o vai desistir de saber onde est� o corpo do ajudante de pedreiro. Bete chegou ao tribunal por volta das 14h, acompanhada do advogado Jo�o Tancredo. Desta vez, nenhum dos seus filhos com Amarildo compareceu � sess�o.
"Quero que pelo menos os policiais que torturaram Amarildo e acabaram com a vida dele falem o que fizeram com os restos mortais dele. Meu marido sumiu nas m�os dos policiais e n�o voltou nunca mais. J� vai fazer oito meses", disse Bete, pouco antes de entrar na sala de audi�ncia, na 35ª Vara Criminal do Rio. A expectativa � que algumas das testemunhas arroladas pelo Minist�rio P�blico (que seriam ouvidas nesta quarta-feira, 12) sejam dispensadas.
Amarildo est� desaparecido desde a noite de 14 de julho do ano passado, quando foi conduzido de sua casa � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha (zona sul do Rio), na parte alta da favela, "para averigua��o"."O que aconteceu com meu marido n�o � justo. Ent�o a fam�lia n�o pode desistir de nada", completou a mulher do pedreiro. "O problema est� com eles (policiais), n�o comigo. Ent�o tenho que ficar tranquila".