
O governador do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral, disse hoje (18) que os tr�s policiais do 9º Batalh�o da Pol�cia Militar (BPM) que colocaram Cl�udia da Silva Ferreira no porta-malas de uma viatura, depois de ela ter sido baleada em uma opera��o no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte da cidade, no domingo (16), "agiram de forma repugnante, desumana e v�o responder criminalmente pela barb�rie cometida". No caminho para o Hospital Carlos Chagas, o porta-malas se abriu e Cl�udia foi arrastada. Segundo a Secretaria de Sa�de, a mulher chegou morta ao hospital.
Cabral ressaltou que a atitude dos policiais contraria os princ�pios b�sicos que devem nortear o comportamento da pol�cia e, por isso mesmo, eles n�o ficar�o impunes. “O que n�s vimos ali foi uma atitude completamente desumana: do atendimento � forma como ela foi colocada na viatura. A barbaridade da queda - enfim uma cena completamente abomin�vel. E eles v�o responder por isso. N�o haver� impunidade. Eles j� est�o presos e v�o responder pela barbaridade”.
Depois de ver as imagens de televis�o, o governador disse ter ficado com “uma sensa��o de choque, repugn�ncia e perplexidade". Ele enfatizou que os policiais est�o presos e v�o responder pela barb�rie, mas falou da necessidade de lembrar a todos que "a esmagadora maioria da pol�cia � contr�ria a a��es desse tipo, e n�s, nesses sete anos e tr�s meses juntos, estamos fazendo grande esfor�o para pacificar comunidades e reduzir os �ndices de criminalidade”.
S�rgio Cabral lembrou que mais de 1.000 policiais foram punidos e afastados por conduta impr�pria, durante seu governo, e garantiu que no caso da morte da auxiliar de servi�os gerais Claudia da Silva Ferreira, "os envolvidos tamb�m ter�o que responder por todos os erros cometidos, e n�o apenas pela forma como a vitima foi conduzida". Cabral reafirmou que a Pol�cia Militar (PM) vai investigar, a sociedade vai cobrar: "N�s estamos em um Estado Democr�tico de Direito: tem investiga��o, tem a��o, tem Justi�a e tem puni��o". Mas "� evidente que eles [policiais] tamb�m t�m direito de defesa”.
O governador n�o acredita que o ocorrido afete a confian�a da popula��o no trabalho que a pol�cia vem realizando, principalmente nas comunidades pacificadas. “O que a gente viu foi absolutamente desumano, mas eu n�o acredito que isto venha a abalar a confian�a da sociedade na pol�cia. Eu tenho certeza absoluta de que a popula��o reconhece o trabalho da pol�cia, e a forma como a comunidade da Vila Kennedy recebeu e celebrou a chegada da pacifica��o � uma prova dessa confian�a.”