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Estado de Minas

M�e de dan�arino acusa policiais de assassinato

Mulher diz PMs descaracterizarem a cena do crime e revela que seu filho j� se desentendia com agentes da UPP desde 2011


postado em 23/04/2014 14:37 / atualizado em 23/04/2014 14:55

Douglas trabalhava como dançarino no programa Esquenta com a apresentadora Regina Casé(foto: Facebook/Reprodução)
Douglas trabalhava como dan�arino no programa Esquenta com a apresentadora Regina Cas� (foto: Facebook/Reprodu��o)

A auxiliar de enfermagem Maria de F�tima Silva, de 56 anos, m�e do dan�arino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, est� prestando depoimento na tarde desta quarta-feira, 23, na 13ª Delegacia de Pol�cia (Ipanema), respons�vel pelas investiga��es. Antes de depor, ela disse ter certeza de que o filho foi torturado e morto por policiais da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) do Pav�o-Pav�ozinho.

"A UPP � um farsa, uma mentira. Meu filho n�o morreu de queda. Tenho certeza que (os policiais) torturaram e mataram ele. A morte dele n�o vai ficar por isso mesmo, vou processar o Estado".

Maria de F�tima disse ainda que quando Douglas foi encontrado no p�tio de uma creche no alto da favela seu corpo e seus documentos estavam molhados. "N�o choveu entre a noite de segunda e a madrugada de ontem (ter�a, quando crime teria acontecido). Meu filho teve afundamento na cabe�a, um corte no superc�lio e est� com o nariz machucado, com uma mancha roxa".

Ela disse que n�o quer que o corpo de Pereira seja maquiado pela funer�ria para ser velado. O enterro est� previsto para as 15h desta quinta-feira, 24, no cemit�rio S�o Jo�o Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. "Quero que ele seja enterrado sem maquiagem para que todos vejam o que fizeram com meu filho".

A auxiliar de enfermagem mostrou o laudo preliminar que atestou que a causa da morte do dan�arino foi "hemorragia interna decorrente de lacera��o pulmonar decorrente de ferimento transfixante do t�rax devido ou como consequ�ncia de a��o p�rfuro-contundente". O laudo definitivo dever� sair em at� 30 dias. "Se esse laudo n�o apontar exatamente o que aconteceu com meu filho, eu mando desenterr�-lo e fazer outro laudo".

Segundo Maria de F�tima, moradores do Pav�o-Pav�ozinho contaram terem visto policiais militares usando luvas cir�rgicas. Para ela, a cena do crime foi desfeita propositalmente para dificultar as investiga��es. "Lavaram a cena do crime. Eu fui militar e sei disso. Tem sangue na parede. Al�m disso, a ex-namorada dele, m�e de sua filha, disse que ele estava em posi��o de defesa quando foi encontrado. E para que os PMs estavam de luva cir�rgica? Desde quando PM � perito?"

A m�e de Douglas contou que seu filho tinha uma rixa com policiais da UPP desde 2011, quando estava de moto e foi parado em um blitz. "Quando foi parado, ele respondeu mal a um policial. Por isso, foi levado � sede da UPP, ficou sentado l� dentro e me ligaram. Depois que meu filho foi liberado, o tanque da moto dele estava cheio de areia e tivemos que arrast�-la. A moto foi um presente meu para ele".

Ela disse que sua �ltima lembran�a foi v�-lo vestido de coelhinho da P�scoa no programa 'Esquenta' da TV Globo veiculado no �ltimo domingo, 20. "Eu at� brinquei com ele porque a fantasia era rosa. E ele disse que era uma homenagem para a filhinha dele. Meu filho era muito, muito alegre".


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